segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Como acaba o ciclo da incredulidade?

Graça, Paz e Alegria!

Primeiro, é importante lembrar que a Língua Portuguesa é muito rica e uma mesma palavra pode apresentar alguns significados, alguns parecidos, outros bem diferentes, e é preciso buscar esse significado que faz a frase ter o melhor sentido.

Pensando em "incredulidade", temos no dicionário:

"1. Qualidade, caráter ou condição de incrédulo;

2. Ausência de fé ou crença religiosa;

3. Característica, tendência ou pensamento de quem não se deixa convencer com facilidade, ou de quem (já) não acredita (tão) facilmente nas coisas que lhe dizem." - fonte: http://aulete.uol.com.br/incredulidade

Fico, neste texto, com a terceira definição - "Característica, tendência ou pensamento de quem não se deixa convencer com facilidade, ou de quem (já) não acredita (tão) facilmente nas coisas que lhe dizem."

Como pastor, fico muito preocupado com a questão religiosa e, claro, seria mais simples entender o que escrevo com essa conotação, pois tenho a Bíblia como regra de fé e prática, e terei, ao longo do texto, recomendações Bíblicas genéricas como exemplo. Mas, apesar de parecer preocupado apenas com a questão religiosa, o que escrevo se aplica para qualquer pessoa, religiosa ou não, e para qualquer assunto, religioso ou não. O exemplo "religioso" que trago pode se aplicar para outras tantas situações da vida!

Para acabar com a incredulidade, é muito importante apresentar argumentos. Mas se lermos os Evangelhos, veremos que Jesus apresentou pessoalmente muitos argumentos, para deixar claro a questão do Reino de Deus e Sua missão. Além de Jesus, os discípulos também apresentaram argumentos, desde o Evangelhos, passando por Atos dos Aopostolos e por muitas cartas, incluíndo Paulo. E ainda assim, muitos não acreditam. Logo, apresentar argumentos não resolve para todos a questão da incredulidade. Pode resolver para uma parte, mas não para todos.

Para acabar com a incredulidade, se apresenta "sinais", o testemunho do que se acredita e o testemunho de que há realmente motivos para se acreditar no que ainda não se acredita. Mas Jesus apresentou sinais e ainda deu o maior de todos: o "sinal de Jonas", com sua ressurreição, e ainda assim, muitos não acreditam. Seus seguidores, ao longos dos anos (com exemplos nas páginas da Bíblia e outros tantos ao longo da história), mostraram muitos sinais e o que a pessoas preferem ver é a ausência de testemunho e a falta de coerência de alguns. Muitos podem crer com sinais e testemunho, mas ainda assim não são todos.

Para acabar com a incredulidade, é muito importante apresentar provas. Mas no caso da apresentação da mensagem do Evangelho e seu alcance, as provas são encontradas na união de argumentos e testemunho (sinais). A confirmação dos argumentos na prática da vida daquele que acredita. E mesmo assim, alguns não acreditam. Muitos podem acreditar, mas ainda haverá quem não acredite.

Sempre parece que quem acredita em algo precisa mostrar algo para quem não acredita. Sempre parece que é quem acredita que irá dar razões para o outro acreditar. Mas o acreditar não está no que se pode apresentar...

Para acabar com o ciclo da incredulidade só tem um jeito: se render. É uma disposição pessoal que argumentos, sinais, testemunho, provas, podem ajudar, mas nunca resolver. Apenas com uma disposição pessoal será possível acabar com o ciclo da incredulidade. No caso da questão religiosa, ouvir o Espírito Santo. E no caso de qualquer assunto, vale a mesma disposição interna de se render ao tema.



Continuo com o hábito de guardar o que é bom...


Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Agradecimentos...

Graça, Paz e Alegria!

Como a imprensa não faz a mesma divulgação do "sepultamento" do PL 122 como fez com outros projetos, é tempo para agradecimentos por conta do "sepultamento" do PL 122:

- A cada ativista que exagerou no desejo de sua liberdade, que deu a necessária legitimidade de argumentação para quem dizia que o projeto era exagerado, pois não queria simplesmente a sua liberdade, mas queria tirar a liberdade do outro - dividir a liberdade deve ser a meta;

- A cada pessoa que tentou insistir que o projeto que foi denominado "cura gay" era uma tentativa de "curar" alguém e quando algumas pessoas leram o que realmente queria o projeto, ficaram decepcionadas com a manipulação dos que conseguiram que projeto fosse retirado da pauta (apesar de alguns setores ainda manipularem, dizendo que o Congresso derrubou, ele só foi tirado da pauta) e viram que havia "algo obscuro" no meio disso;

- A cada pessoa que tentou atacar o Dep. Marco Feliciano (a quem, pastoralmente, escrevi diretamente comentando sobre a minha posição diferente da dele em alguns aspectos) como se ele fosse o "autor" do projeto erroneamente chamado de "cura gay" e quando algumas pessoas descobriram que até isso tentava se manipular, pois o autor do projeto era outro e esse autor nunca foi criticado em eventos públicos, viram que mais coisas poderiam estar sendo manipuladas nessa história;

- A cada pessoa que "comprou a briga" de ativistas e tentou defender de forma equivocada, pois algumas pessoas descobriram isso e até mesmo homossexuais ficaram tristes com a forma como o assunto seguiu. Sim, conheço e respeito homossexuais, que me conhecem e me respeitam, apenas não concordamos em tudo, como nesse assunto em especial, além de outros assuntos mais. Mas daqueles que tentam difamar e exagerar, ativistas, participantes ou apenas "simpatizantes", querendo um respeito que não dão, prefiro me afastar para evitar maiores interpretações erradas e/ou equivocadas sobre posições e forma de agir.

Pensou que eu iria agradecer a Igreja por orar e se posicionar? Isso é a essência do que somos, não tem porque agradecer a isso...

Por uma sociedade que, mesmo não concordando com as ideias e as forma de ação, saiba realmente respeitar o outro, fica o meu agradecimento.

A luta não terminou! O Código Penal ainda passará por mudanças e é preciso que uma atitude discriminatória seja interpretada de forma diferente da simples opinião a respeito do assunto. Mesmo não concordando, não discrimino. Mesmo pregando contra a forma de vida, respeito a vida, até porque entendo que, mesmo não sendo conveniente fazer alguma coisa, ainda assim tudo é permitido, até mesmo o que eu não concordo é permitindo, só não é conveniente, o que deixa a decisão sobre o que se faz ou não para a pessoa, mas não sem deixar claro que, mesmo podendo fazer, pode ser que o Senhor da Vida veja aquilo como algo que não deveria e deixo apenas para Ele a decisão, com Graça, sobre a salvação ou não. E quem não acredita nisso, não pode se sentir atingido por isso... Como se sentir atingido por algo que se acha que não existe?

E quem disser que não é possível isso (não concordar sem discriminar), que me explique como fica a posição de quem é contra os "da fé" nesse aspecto: então discriminam os que continuam pensando assim? Se é possível não concordar com "os da fé" sem discriminar, é possível não concordar com os que fazem algo que entendemos que deve ser evitado sem discriminar. Qualquer coisa diferente disso é "dois pesos e dias medidas", o que visava originalmente o PL 122.

Que no Código Penal seja tipificado da forma correta em vez do que se pretendia originalmente com o PL 122, que passou por mudanças ao longo dos anos, mas ainda assim não perdeu a sua "identidade original", infelizmente. Em nosso país, ainda que algo mude, alguns ainda tentam aplicar como era "originalmente" e se colar... No nosso país, alguém que é denunciado e condenado, sempre aparece alguém querendo defender a "inocência", e quem é denunciado e absolvido por falta de provas, sempre aparece alguém para dizer que houve a denúncia, como se a denúncia apenas fosse prova suficiente... Já pensou se isso fosse aplicado para todos os casos: apenas a denúncia é suficiente para ter a suspeita eterna? O que ia ter de denúncia sem fundamento por aí...

Não concordar, dizer que não concorda com o que a pessoa faz ainda não é crime nesse País e espero que nunca seja! Para o bem de todos, pois se um dia o pensamento religioso for classificado como criminoso, esse será um passo para que qualquer pensamento assim seja classificado. Que nenhum pensamento seja classificado como criminoso, para o bem até mesmo do pensamento contrário! Que a afirmação de ideias não seja crime, a não ser em casos onde até mesmo grupos contrários concordam que aquilo é crime. E que a atitude seja realmente avaliada em cima do que se faz, e não simplesmente porque não se concorda, porque os exageros precisam ser coibidos. Não se deve tornar exagero qualquer coisa, mas o exagero deve sim ser punido!

Espero, enfim, pelo dia da Volta do Senhor Jesus, pois é dessa forma que vejo que a sociedade será realmente diferente e melhorada. E quem espera de outra forma, que pense bem na liberdade que quer ter, pois para ter essa liberdade não deve tirar a liberdade de outra pessoa que pense de forma contrária, a não ser naquilo que a lei defina mesmo como errado e, claro, que se tome cuidado com o que se entende que é "crime" para não "criminalizar" o que não é crime de fato. Pois se um dia a convicção religiosa for criminalizada, qualquer convicção um dia poderá ser! Que seja crime não a ideia de que algo é certo ou errado religiosamente falando, mas a ação de um religioso em hostilizar a pessoa - e que se veja diferença entre não concordar com o que faz ou pensa e a real hostilidade, em vez de fazer tudo contra o pensamento e a forma de agir ser hostilidade. Não concordar com o que o outro pensa ou faz não é crime! E espero que não seja nunca...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor