terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Será que sabemos discipular?

Graça, Paz e Alegria!

As pessoas, convertidas ou não, dizem da sua experiência com base naquilo que elas conhecem. E o discipulado, para o convertido, parte dessa experiência e vai ajustando o que se faz necessário ajustar...

Aí, aparece alguém e diz que não se sente só ao compor músicas e os cristãos, em vez de discipular, ou pelo menos, com amor, dizer o que é isso dentro da sua experiência no cristianismo, já começam a dizer que não é para ouvir as músicas da pessoa...

Os cristãos também precisam ser discipulados nisso. Vivem querendo criar regrinhas e quanto mais complicado, mais parece santo. Essa é a experiência dos "usos e costumes" ou a ideia ainda da época da Lei, no judaísmo. Esses não conseguem fazer a conciliação entre os textos da Lei com a Graça e fazem como muitos dos dias de Paulo, que eram pessoas que queriam que as pessoas convertidas, mesmo os gentios e, portanto, "de fora" do judaísmo, seguissem uma série de regrinhas. Leia Atos dos Apóstolos 15 e tire suas conclusões... Na época, era as regrinhas que os judeus, mesmo reconhecendo Jesus como Messias, ainda seguiam (inclusive Paulo!!!)... Muitos acham que era só a questão da circuncisão, mas isso é uma leitura superficial do texto, rasa demais para o próprio texto... nem literalmente é possível entender isso (tendo como exemplo as atitudes de Paulo reveladas em outras passagens de Atos dos Apóstolos), mas alguns insistem em pensar isso... Hoje... algumas daquelas regras ainda aparecem... outras novas aparecem também... e assim se segue...

Ninguém me diz o que eu posso ou não fazer, a não ser o próprio Espírito Santo. Nem serei eu a dizer o que alguém pode ou não fazer ou ouvir... A não ser que o Espírito dê uma orientação coletiva, como Paulo mesmo fez em algumas de suas cartas... e mesmo assim, era para evitar conflitos sociais, normalmente...

TUDO ME É LÍCITO! Nem tudo me convém... E o que não me convém, não necessariamente não convém a outra pessoa! Pode variar de pessoa para pessoa, de época para época, de lugar para lugar!!! É isso mesmo: o que não me convém agora, não necessariamente não me convém em outro momento. Paulo fala disso claramente ao mostrar que a carne vinda do "mercado" podia servir de alimento aos gentios, mas não era conveniente que se comesse na frente dos judeus messiânicos (que entendiam que Jesus era o Messias). Logo, não era conveniente em um momento específico, mas em outro podia!!!!

Agora... voltando para o caso de alguém que aparece e diz que tem ajuda para compor... em vez de entregar pro inimigo de vez e "condenar"... vamos discipular e orientar a forma correta de ver essas coisas... Não seria melhor? Por que se peca? Por não conhecer as Escrituras... ou não? Em vez de "condenar", apresentemos as Escrituras! E enquanto não podemos discipular e orientar, que não joguemos fora, simplesmente... mesmo que não dê para orientar, não vamos incentivar que busque da forma errada ao "condenar" simplesmente... O Senhor entende e incentiva o romantismo! Ou não podemos ler também de forma romântica o livro de Cantares ou até Rute? Se podemos ler assim esses livros, por que não se poderia partir do Senhor o inspirar alguém na composição de poesias e músicas? Assim, a companhia para a composição continua existindo... mas da forma como podemos entender...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor