sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Infelizmente, Reinaldo Azevedo ainda não entendeu que "bater em Marina", fortalece Dilma e não Aécio... OU: Reinaldo Azevedo quer mais é que o PT vença para ele poder manter sua coluna sem precisar reavaliar os assuntos...

Graça, Paz e Alegria!

Notaram que fiz um "título" parecido com os de Reinaldo Azevedo em algumas ocasiões? Usando "OU"... mas sei que o texto não terá tamanha competência (concordando ou não com o que ele escreve, eu sei admitir que ele escreve com brilhante competência)...

A polarização PT x PSDB já passou da conta... Não consigo mais aceitar uma pessoa dizer que vota no candidato que o PT ou PSDB apresentar (acontece mais com relação ao PT), independente de quem seja... Se o partido apresentar, vota... Mas que está sendo legal ver tanto tucanos como petistas postando e comentando favoravelmente aos textos de Reinaldo nesses últimos dias... está... Num dia, ele é o "manipulador" para petistas... no outro, a chance de esclarecer a população contra Marina... pois é... não é um debate de fato, é apenas "usar o que interessa" e quando interessa... E quando não interessa, se faz a "crítica pela crítica", só pra deixar a "mancha" na história e no imaginário popular...

Já passou da conta essa polarização na eleição presidencial... Quase acaba com eleições estaduais, indo no mesmo caminho... Sem contar com as brigas em cidades...

Não prego, como alguns, que não se vote nem em PT ou PSDB... Mas dentro do PT eu só lembro mesmo de uma pessoa que eu votaria para presidente... E no PSDB, lembro de 3 nomes que voto sem pestanejar... No mais... para votar em qualquer quadro apresentado por esses partidos, eu teria que avaliar muito bem e, sinceramente, a preferência seria por votar em candidatos de outros partidos, se encontrasse alguém que merecesse meu voto...

O número mágico do PT nessa eleição não tem sido o famoso "13" do partido... Mas as pesquisas mostram um número que se repete mais que os outros: 36... Esse deve ser o percentual "cativo" ou mais próximo de ser "cativo" do PT, independente de quem seja candidato para presidente...

O PSDB varia entre os seus 20 e 25%... de "cativos"...

Os "cativos" votam como se vota no "Maluf", pra quem conhece o "malufismo"... Mas esse número sempre pode aumentar com "indecisos", "voto útil", escolha em um segundo turno com os dois na disputa... essas coisas...

Antes da definição de quem seria candidato pelo PSB, as pesquisas já mostravam maior índice de votos em Marina que em Eduardo Campos... Mas os números eram interpretados de tal forma que eu dizia: "Querem Eduardo Campos na disputa... não querem Marina"...

Desde Eduardo Campos ainda na disputa eu converso com pessoas próximas dizendo: Quem pode unir as oposições contra Dilma não é Aécio... É Eduardo Campos, por conta do índice de rejeição... Sei que os dias de campanha e a "central de boataria" agindo poderiam mudar isso... Mas era como eu interpretava os números...

Depois que Marina entrou na disputa, ela não apenas retomou os índices com base na votação de 4 anos, e muito menos retomou os índices de quando ainda tinha mais intenção de votos que Eduardo (antes de anunciar a chapa - e ela já tinha mais intenção de votos sem ser candidata mesmo do que teve de votos mesmo 4 anos antes: quer dizer que continuava "crescendo"), mas subiu muito além daqueles números de 4 anos atrás ou das primeiras pesquisas antes de definir chapa... É uma candidatura consolidada, e que então, passa a ser alvo de PT e PSDB...

Mas notem que a polarização entre os dois ainda não acabou! Os dois "atacam" Marina em seus discursos (PT e PSDB concordando no discurso?), mas ainda insistem nos ataques da polarização... É claro... ainda sonham com a possibilidade de voltar a ter que se preocupar apenas um com o outro, pois fica mais fácil desenvolver argumentos "contra" quando tem que se pensar em apenas um...

Bom... esses dias acabaram! Mesmo que ainda tenhamos apenas PT e PSDB no segundo turno, que Marina perca terreno, a polarização já foi atingida... Agora, mesmo que não aconteça esse ano, o caminho para o fim disso já está traçado... E, sinceramente... espero que seja este ano... E que Marina vença a eleição... E mais: faça um governo que permita a maioria do eleitorado (menos os "cativos" de PT e PSDB que, mesmo que os seus candidatos digam "não votem em mim", mesmo assim eles votam, pois só sabem pensar no partido e nunca numa verdadeira avaliação do quadro, podendo mudar de candidato/partido dependendo do que se apresente) note que essa polazrização não foi boa, que podemos até votar em quem é do PT ou do PSDB, mas não porque o partido apresentou... Antes, que seja porque realmente é o melhor para o Brasil... E que, se o melhor estiver em outro partido, vamos atrás disso, sempre buscando o melhor voto e não o voto definido, independente de quem se apresente...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Entrevista de Marina ao JN

Graça, Paz e Alegria!

Levando-se em conta o que aconteceu nas outras entrevistas, Bonner tinha que fazer a entrevista como fez com Marina...

Bom... vamos lá:

Sobre o avião: O ideal sempre é o "líder" em um grupo saber o que está acontecendo, tanto quando as coisas estão em ordem como quando há erros, delitos ou o que quer que seja. E muitas vezes sabe, mas diz que não sabe... Nesse caso, entra a investigação para mostrar onde está o erro e quem realmente sabia do que aconteceu.

Acontece que o normal é "delegar"... Ou não é normal? Você confia numa pessoa para fazer a coisa certa e espera que ela faça de fato as coisas dentro da lei...

Quando o escândalo do Mensalão foi denunciado, Lula rapidamente disse que o PT tinha que pedir perdão ao Brasil e que ele tinha sido traído... Essa foi a primeira reação dele... Depois, começou aquele papo de que não sabia de nada, e em momentos mais atuais, disse que a história seria reescrita (se ele não sabia de nada, como poderia dizer que a história ia ser reescrita? De algo, sabia, no mínimo, que não era como foi denunciado!) e tudo mais... Eu consigo sim acreditar que ele delegou para pessoas de confiança que trairam a sua confiança. Posso até aceitar que ele não sabia de nada... Mas o que diz depois, eu não consigo mais engolir, sinceramente... E fico preocupado com o que disse antes, pois se quer negar tudo, pode ser tudo diferente mesmo, mas... essa é outra história...

É possível qualquer "líder" acreditar que seu "liderado" esteja fazendo a coisa certa e ser traído... O problema não está nisso... A corrupção pode ser até orquestrada! O "liderado" pode fazer acordo com outros partidos para que haja o erro com o partido dele, vai saber... É possível chegar a esse ponto, por que não? Acredito que o caso do avião do PSB não seja esse, mas é possível...

O problema não está em confiar e ser traído... Pessoas muito próximas podem nos trair! Por qualquer motivo...

O problema se apresenta em como reagimos diante do fato!

Primeiro, deve ser investigado, pois pode ser uma denúncia falsa... Se for falsa, acaba (deveria acabar)... Se for verdadeira... segue...

Segundo, deve ser apresentado quem realmente fez... O "líder", aqui, precisa se posicionar a favor da verdade! Não pode defender o "liderado" e ir contra a verdade. Normalmente quando o "líder" defende o "liderado" mesmo depois de comprovado o erro, há outros interesses e outros culpados... O "líder" que se posiciona a favor da verdade, cobra o "liderado" e tira da posição de confiança...

Terceiro, precisa ficar claro que o "líder" afastou o "liderado" que traiu a confiança. Que a verdade precisa prevalecer. E se houve erro, tem que punir! Não adianta só falar que deixa investigar, mas precisa aceitar o resultado da investigação diante das provas, em vez de ficar tentando inverter a interpretação. Deixar investigar e depois inverter a interpretação das provas é tentar, no mínimo, desmoralizar quem investigou diante da opinião pública, deixar uma mancha que, mesmo que não seja verdadeira, em tempo oportuno possa ser lembrada...

Então, é preciso saber quem estava cuidando das coisas do avião e verificar porque entrou pelo caminho do errado, correndo o risco de causar problemas ao "líder" que nele confiou...

Qualquer um pode ser traído... o problema não está nisso... O problema é como reage diante dessa traição... isso pode revelar se foi mesmo uma traição ou se havia algum tipo de acordo para, caso fosse descoberto, apenas assumir se fosse o caso e ainda ter algum benefício diante do caso...

Votos no seu Estado: Normalmente, o candidato acaba perdendo votos em seu estado quando concorre para um cargo diferente. Marina foi Senadora pelo Acre. E no seu estado, pode sim ter menos votos, por conta da conjuntura política (ela em 2010 era tida como "desertora" do projeto de Lula e até se cogitava que fez isso por não ser ela a escolhida para a eleição), ou porque enfrentou alguns interesses, como ela disse na entrevista. Depois de 4 anos e da tida como "desastrosa" escolha de Lula ao indicar Dilma, pode ser que essa conjuntura seja diferente. Mas Lula não emplaca em seu estado também, onde o PT nem mesmo conseguiu eleição para o governo (São Paulo). Dilma não tem como ser comparada nesse ponto. Aécio tem caído em pesquisas em Minas Gerais... Logo... esse não é apenas um fenômeno de rejeição pura e simples: pode ser influenciado por boatos, por conta de outros candidatos que se entenda ter melhor condição ou até ter menos votos no estado pode ser indicador de boa conduta, pois pode ter perdido não por fazer um mal papel durante o mandato, mas por ter feito o que desagradou a alguns... Há muitas possibilidades além da "rejeição" pura em simples...

Posições Pessoais: No Brasil, ainda que se possa editar medidas provisórias e encaminhar decretos, o Congresso pode não encaminhar até que perca validade ou derrubar, impedindo que se mantenha a decisão... Logo... Ainda que o presidente tenha suas posições, essas não irão prosperar necessariamente... O Congresso acaba sendo mais importante nesse caso e temos que ver se os que lá estão apenas aprovam o que quer o Governo ou se encaminham coisas de acordo com a vontade popular de fato... Fiscalizar os Deputados e Senadores já diminui a chance do Presidente apenas encaminhar o que tem como "posição pessoal"... Isso vale para qualquer assunto (transgênicos, células tronco, o "sexo dos anjos", qualquer um)...

"Nova e Velha" Política: Passa por só escolher para os cargos os que são "aliados"... Há acordos que precisam ser feitos e encaminhados... Mas usar toda a máquina pública para encaminhar esses acordos fica complicado! É preciso negociar com todos! É preciso encontrar os melhores para as funções, mesmo em caso de acordo! Não pode ser escolhido só porque é do partido de apoio... É preciso unir essa questão com a excelência e já passou da hora de ser assim!

Assim, é preciso ir além desses acordos na hora de compor ministério e encaminhar as coisas...

Além disso, é preciso parar com essa coisa de "campanha", onde se "demoniza" tudo que o outro fez. Nos "corredores do poder", eles são amigos, mesmo que em partidos que se posicionam em oposição ao outro... Não precisa ficar elogiando o "inimigo", mas "demonizar" é um abusrdo, pois acirra uma briga por parte de pessoas que nem estão ligadas com esse assunto... o povo acaba "comprando" a briga que nem existe de fato e a sociedade se divide... PT e PSDB nem são tão "inimigos" assim... A campanha precisa ter nível e não ficar com acusações apenas...

E... é preciso ir além da sua posição pessoal... Não dá pra querer apenas o que quer pessoalmente... É preciso saber negociar, sem conchavos ou acordos, mas apenas vendo o que pode ser melhor para o momento, para o Brasil... Pode ser ilusão, mas ainda acredito que seja possível negociar posições apenas com base no que pode ser melhor em vez de se fazer acordos para ter benefícios...

Escolher os melhores, diminuindo os acordos para escolhas, assumindo o valor do outro, mesmo que em "oposição" e ser capaz de negociar a sua posição pessoal para ter um equilíbrio com a posição do outro, mesmo sem ter benefícios pessoais, apenas visando o melhor para o Brasil seria fazer a "nova política"...

Dessa forma, eu entendi muito bem o que Marina disse... quem não entendeu, pode rever por aqui...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
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