quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Sobre o Reconhecimento de Jerusalém como Capital de Israel

Graça, Paz e Alegria!

Pensando a respeito do Reconhecimento de Jerusalém como Capital de Israel por parte dos EUA:

1) Muitos falam que os EUA perderam o status de negociador do conflito na Região, ao tomar partido por Israel. Mas... vamos combinar: há quantos anos os EUA mediam esse acordo e sem sucesso, pois continuam os problemas? Seguir com algo apenas para dizer que existem esforços, mas nada acontecer, é o mesmo que não fazer nada!

2) Muito se fala que a decisão foi do Presidente Trump, mas essa é uma decisão tomada desde a época do Presidente Clinton! A decisão tinha um artigo que permitia adiar a execução, mas a decisão estava tomada! Presidentes Clinton, Bush e Obama falaram desse reconhecimento, tem até vídeo com essas declarações, mas preferiram seguir adiando. Se a decisão era errada, não devia ter sido tomada! Tomar a decisão e ficar adiando indefinidamente não é adequado...

Vou para um terceiro ponto, que será um pouco mais longo:

3) Nos argumentos "contra" Jerusalém ser Capital de Israel, muitos acham que "lacram" ao "pedir um livro, que não seja a Bíblia, que confirme que Jerusalém é de Israel". Acontece que a Bíblia não é apenas um livro de Fé e Prática: é também um livro HISTÓRICO! E a Arqueologia não consegue simplesmente desmentir a Bíblia. Muitos achados confirmam o que o texto Bíblico relata. Logo, o "lacre" dessa "lacração" está rompido antes mesmo de "lacrar" alguma coisa!

Sem contar que podemos sim indicar livros que falam disso, sem ser a Bíblia. Começo com um: "História dos Hebreus", de Flávio Josefo.

Mas vou voltar a comentar sobre a Bíblia, porque sei que mesmo indicando outros livros, ainda vão reclamar apenas da Bíblia, logo, não vou seguir tendo esse trabalho de indicação, mas vou comentar sobre o livro que realmente será alvo:

Ela é pra mim regra de Fé e Prática. No entanto, é também pra mim um livro histórico, com fundamentos confirmados pela Arqueologia.

Se para você a Bíblia não é livro de regra de Fé e Prática, sem crise! Mas "jogar fora" como livro histórico é ser tendencioso com relação ao próprio curso da História! Se você escolhe quais livros prefere para fundamentar a História, pode ser que sua História seja Estória!!!! Apesar de em desuso, o termo serve como exemplo neste caso para diferenciar.

Desprezar um livro que tem sido confirmado por arqueólogos é tentar direcionar o conhecimento da História para o que prefere e negar o que pode mesmo ter acontecido!

O impasse pode sim ficar na questão espiritual. Eu acredito em mais coisas que você, se você não tem a Bíblia como regra de Fé e Prática. Mas como livro histórico, nós dois devemos sim ver as mesmas coisas!!! Tanto na Bíblia como em outros livros históricos.

A sequência deste texto mostra muito mais a visão de quem tem a Bíblia como regra de Fé e Prática. Mas recomendo a leitura para todas as pessoas, mesmo que não acreditem nisso, pois não podemos nos furtar do conhecimento de posições diferentes, tanto para fundamentar a nossa e ver mais razões que nos levam a pensar diferente, como para uma reflexão sobre a possibilidade de reformular o nosso pensamento!

Sem contar que muitos que afirmam ter a Bíblia como regra de Fé e Prática até pensam este assunto como os que não possuem esse entendimento!

Aquela terra foi dada como promessa do Senhor a Abrão / Abraão - Gênesis 12.1; 13.14-18; 15.7; 17.1-8.

O Senhor já revelou para Abraão o tempo de escravidão no Egito e a volta para casa do livro do Êxodo - Gênesis 15.12-21.

A promessa feita a Abraão é renovada com Isaque - Gênesis 26.1-6.

Nova renovação da promessa, agora para Jacó / Israel - Gênesis 28.10-17.

José confiava na promessa - Gênesis 50.22-26.

Moisés é chamado para levar o povo do Egito de volta para a terra que o Sehor prometeu - Êxodo 3.

Podemos citar muitos textos da Bíblia que confirmam a promessa do Senhor para Israel. Mas vamos ficar agora com um que fala sobre "ser espalhado pela Terra por desobediência e retorno para casa, caso volte a buscar a vontade do Senhor":

No livro de Deuteronômio encontramos promessas sobre bênção e maldição a partir da decisão de obedecer ou não o querer do Senhor (28), nova aliança do Senhor com o povo (29), que fala até mesmo de grandes problemas que o povo de Israel poderia passar se deixasse de seguir a vontade do Senhor.

E no capítulo 30, o Senhor deixa claro que se o povo que desobedeceu, e foi até mesmo espalhado pela face da Terra, se arrepender e buscar a Sua vontade, o Senhor os levará de volta para a terra que deu para esse povo.

Desde a queda de Jerusalém, por volta do ano 70 d. C., os judeus viveram espalhados pelo mundo. Começa naquele evento, poucos anos depois se torna definitivo, e logo o povo estava espalhado pelo mundo. Mantiveram muitas de suas crenças, muitos evitaram se "misturar" com outros povos em casamentos, e mesmo entre os que "mituraram", muitos que não eram judeus acabaram assumindo o entendimento judeu das coisas.

Existe uma piada que dá conta que na hora que o avião está em queda, até mesmo ateu faz oração!

Pode até não ser exatamente assim, mas como piada expressa que qualquer ser humano, no momento de maior dificuldade, mesmo aquele que não acredita em Deus, pode recorrer ao sagrado. Mesmo entre os que acreditam, muitos reforçam a busca pelo Senhor no momento da angústia e "deixa mais suave" quando as coisas estão em ordem.

Enquanto prosperavam, os judeus seguiam "espalhados".

Mas durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus foram perseguidos pelo Nazismo! Quer momento de mais angústia que ver pessoas presas, morrendo, sabendo que pode ser o próximo?

É claro que muitos naqueles dias buscaram ao Senhor. Muitos, mesmo pouco antes da morte! Outros, os que conseguiram escapar, buscaram também! É algo natural na condição humana isso! Exatamente por isso, é possível imaginar que os judeus assim fizeram! Se não fossem os testemunhos confirmando, seria possível imaginar mesmo assim!

O movimento que pretendia a volta para a casa por parte dos judeus começa a ganhar força antes mesmo da Guerra, no final do século XIX. Mas só depois da Segunda Guerra isso acontece, depois do tempo de maior angústia que levou a buscar ao Senhor!

Como pessoa de fé, entendo que isso aconteceu em cumprimento ao texto de Deuteronômio 30! Eles buscaram e o Senhor os ajuntou de todos os lugares! Levou de volta para a terra que foi dada como promessa!

E a promessa não define "divisão".

Pode até parecer a solução mais simples, humanamente falando.

E pode até acontecer! Mas não será por conta da manifestação do Senhor. Será por algum ajuste humano. Porque a promessa do Senhor não muda e não fala em divisão!

Acho muito mais provável que não aconteça a divisão. E não apenas por decisão dos EUA, ou de Israel, ou ainda dos Palestinos. Se fosse possível essa solução, ela já teria sido aplicada. Não parece possível ir por esse caminho. A menos que se acerte algo com a reconstrução do Templo dos Judeus. Aí, a solução política pode ter qualquer rumo. Mas apenas para que os acontecimentos sigam seu curso e o Senhor Jesus volte!

Entendo que a promessa do Senhor é para Israel nesse caso!

E entendo ainda que caminhamos sim para "os últimos dias". Algo será negociado para um acordo de paz de verdade, um acordo de 7 anos, a "última semana de anos das 70 Semanas de Daniel". Esse acordo será rompido na metade do tempo e quando os judeus estiverem perto de não resistir, o Senhor Jesus volta!

Se a guerra será deflagrada definitivamente com a questão de Jerusalém ser a capital de Israel, logo teremos o acordo de paz, que pode até mesmo prever alguma solução humana dividindo.

Mas entendo que a promessa do Senhor no caso daquela terra é apenas para Israel, sem divisão.

Ainda que se divida, a Bíblia revela que a promessa do Senhor não era dividir. E não acreditar nisso, esperar diferente como "melhor solução" ou até "lutar" por algo diferente do que a Bíblia revela é não ter a Bíblia como regra de Fé e Prática. Os humanos podem até chegar a uma solução diferente, mas quem tem a Bíblia como regra de Fé e Prática não pode abrir mão do que ela revela: A Promessa do Senhor no caso daquela terra é para o Judeus!

Mesmo que a divisão permita o desenrolar dos acontecimentos que como pessoa de fé espero, ainda assim repetirei: a promessa do Senhor não é pela divisão. A promessa do Senhor é que aquela terra é de Israel. Os humanos podem negociar diferente e ter sucesso, mas nunca será a vontade do Senhor. E temo que se Israel aceitar uma divisão nesse caso possa ser entendido como desobediência ao Senhor pelo que foi prometido e, assim, nem seja realmente possível encaminhar os acontecimentos finais que espero como pessoa de fé.

Eu espero pela Volta do Senhor Jesus! E quero o cumprimento da vontade do Senhor!

Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor