quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Agradecimentos...

Graça, Paz e Alegria!

Como a imprensa não faz a mesma divulgação do "sepultamento" do PL 122 como fez com outros projetos, é tempo para agradecimentos por conta do "sepultamento" do PL 122:

- A cada ativista que exagerou no desejo de sua liberdade, que deu a necessária legitimidade de argumentação para quem dizia que o projeto era exagerado, pois não queria simplesmente a sua liberdade, mas queria tirar a liberdade do outro - dividir a liberdade deve ser a meta;

- A cada pessoa que tentou insistir que o projeto que foi denominado "cura gay" era uma tentativa de "curar" alguém e quando algumas pessoas leram o que realmente queria o projeto, ficaram decepcionadas com a manipulação dos que conseguiram que projeto fosse retirado da pauta (apesar de alguns setores ainda manipularem, dizendo que o Congresso derrubou, ele só foi tirado da pauta) e viram que havia "algo obscuro" no meio disso;

- A cada pessoa que tentou atacar o Dep. Marco Feliciano (a quem, pastoralmente, escrevi diretamente comentando sobre a minha posição diferente da dele em alguns aspectos) como se ele fosse o "autor" do projeto erroneamente chamado de "cura gay" e quando algumas pessoas descobriram que até isso tentava se manipular, pois o autor do projeto era outro e esse autor nunca foi criticado em eventos públicos, viram que mais coisas poderiam estar sendo manipuladas nessa história;

- A cada pessoa que "comprou a briga" de ativistas e tentou defender de forma equivocada, pois algumas pessoas descobriram isso e até mesmo homossexuais ficaram tristes com a forma como o assunto seguiu. Sim, conheço e respeito homossexuais, que me conhecem e me respeitam, apenas não concordamos em tudo, como nesse assunto em especial, além de outros assuntos mais. Mas daqueles que tentam difamar e exagerar, ativistas, participantes ou apenas "simpatizantes", querendo um respeito que não dão, prefiro me afastar para evitar maiores interpretações erradas e/ou equivocadas sobre posições e forma de agir.

Pensou que eu iria agradecer a Igreja por orar e se posicionar? Isso é a essência do que somos, não tem porque agradecer a isso...

Por uma sociedade que, mesmo não concordando com as ideias e as forma de ação, saiba realmente respeitar o outro, fica o meu agradecimento.

A luta não terminou! O Código Penal ainda passará por mudanças e é preciso que uma atitude discriminatória seja interpretada de forma diferente da simples opinião a respeito do assunto. Mesmo não concordando, não discrimino. Mesmo pregando contra a forma de vida, respeito a vida, até porque entendo que, mesmo não sendo conveniente fazer alguma coisa, ainda assim tudo é permitido, até mesmo o que eu não concordo é permitindo, só não é conveniente, o que deixa a decisão sobre o que se faz ou não para a pessoa, mas não sem deixar claro que, mesmo podendo fazer, pode ser que o Senhor da Vida veja aquilo como algo que não deveria e deixo apenas para Ele a decisão, com Graça, sobre a salvação ou não. E quem não acredita nisso, não pode se sentir atingido por isso... Como se sentir atingido por algo que se acha que não existe?

E quem disser que não é possível isso (não concordar sem discriminar), que me explique como fica a posição de quem é contra os "da fé" nesse aspecto: então discriminam os que continuam pensando assim? Se é possível não concordar com "os da fé" sem discriminar, é possível não concordar com os que fazem algo que entendemos que deve ser evitado sem discriminar. Qualquer coisa diferente disso é "dois pesos e dias medidas", o que visava originalmente o PL 122.

Que no Código Penal seja tipificado da forma correta em vez do que se pretendia originalmente com o PL 122, que passou por mudanças ao longo dos anos, mas ainda assim não perdeu a sua "identidade original", infelizmente. Em nosso país, ainda que algo mude, alguns ainda tentam aplicar como era "originalmente" e se colar... No nosso país, alguém que é denunciado e condenado, sempre aparece alguém querendo defender a "inocência", e quem é denunciado e absolvido por falta de provas, sempre aparece alguém para dizer que houve a denúncia, como se a denúncia apenas fosse prova suficiente... Já pensou se isso fosse aplicado para todos os casos: apenas a denúncia é suficiente para ter a suspeita eterna? O que ia ter de denúncia sem fundamento por aí...

Não concordar, dizer que não concorda com o que a pessoa faz ainda não é crime nesse País e espero que nunca seja! Para o bem de todos, pois se um dia o pensamento religioso for classificado como criminoso, esse será um passo para que qualquer pensamento assim seja classificado. Que nenhum pensamento seja classificado como criminoso, para o bem até mesmo do pensamento contrário! Que a afirmação de ideias não seja crime, a não ser em casos onde até mesmo grupos contrários concordam que aquilo é crime. E que a atitude seja realmente avaliada em cima do que se faz, e não simplesmente porque não se concorda, porque os exageros precisam ser coibidos. Não se deve tornar exagero qualquer coisa, mas o exagero deve sim ser punido!

Espero, enfim, pelo dia da Volta do Senhor Jesus, pois é dessa forma que vejo que a sociedade será realmente diferente e melhorada. E quem espera de outra forma, que pense bem na liberdade que quer ter, pois para ter essa liberdade não deve tirar a liberdade de outra pessoa que pense de forma contrária, a não ser naquilo que a lei defina mesmo como errado e, claro, que se tome cuidado com o que se entende que é "crime" para não "criminalizar" o que não é crime de fato. Pois se um dia a convicção religiosa for criminalizada, qualquer convicção um dia poderá ser! Que seja crime não a ideia de que algo é certo ou errado religiosamente falando, mas a ação de um religioso em hostilizar a pessoa - e que se veja diferença entre não concordar com o que faz ou pensa e a real hostilidade, em vez de fazer tudo contra o pensamento e a forma de agir ser hostilidade. Não concordar com o que o outro pensa ou faz não é crime! E espero que não seja nunca...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

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