terça-feira, 10 de outubro de 2023

A respeito da Tese dos Dois Estados e outros pontos na questão do Oriente Médio envolvendo Israel

Olá! Graça, Paz e Alegria!

Confesso que hoje "alegria" é apenas no Senhor mesmo, porque desde ontem (09/10/2023 - hoje, dia da postagem, é dia 10) estou um tanto triste por conta de um papo torto no Facebook...

E por conta disso, estou por aqui para tirar as teias de aranha do blog, fazer uma faxina de primavera e apresentar meus comentários sobre o assunto.

O tema é o que está acontecendo no Oriente Médio. Então, muito atual no momento que escrevo! Como vai ficar na Internet, não sei quando alguém poderá acessar, por isso, além da data que deve estar registrada pela postagem, fiz o registro da data no começo deste texto. E devo repetir ao longo dele.

Antes de qualquer definição sobre um assunto:

Um brasileiro que mora em Israel falou ao vivo em um programa que tentou tirar o foco do que ele estava falando reclamando que ele estava gritando e que não era o foco algo que contraria a tese de muitos sobre o que Israel faz contra os palestinos, alegando até genocídio. Tire da mente a alegação que ele gritou e que não era o foco do programa, e leve em conta o que ele falou.

Eu recebi a recomendação hoje (10/10/2023) desse vídeo que é ainda melhor que outro que assisti e recomendei no Facebook ontem. Nele, Marcos Susskind revela que é neto de judeus que foram alvo do que Hitler fez na Segunda Guerra. Ele revela que não conheceu muitos dos antepassados porque sofreram com os nazistas. E que antes daquele momento, havia 18 milhões de judeus. Mais de 70 anos depois, ainda são 15 milhões apenas. Os números mostram que houve um massacre dos judeus, que não chegaram nem ao tanto que havia mais de 70 anos atrás! E há quem tente negar o massacre...

Ele continua dizendo que os palestinos deixaram Israel com 750 mil pessoas. Hoje seriam 4.540.000 (mais de 4 milhões). E ainda tentam dizer que há um genocídio contra eles perpetrado pelos judeus! Sei que há os que fazem coisas erradas, mas os dados não confirmam o alarme que se faz diante do que os judeus fariam! Essa é a história! A condição do povo pode ser questionada, e entendo que deve ser, mas genocídio que aumenta o número de pessoas não existe! Mente quem repete isso!

Pesquise esse vídeo! Citei o nome (Marcos Susskind) e alguns dados para que você possa pesquisar. De nada adianta eu recomendar o link aqui porque ele pode sair do ar, mas se você pesquisar, mesmo que saia do ar o que eu encontrei, você poderá encontrar o mesmo vídeo em outra publicação.

Mas eu não quero dizer que um lado tem razão e o outro não. Não quero defender um lado e ter o outro como completamente errado. Eu tenho um entendimento com base na Bíblia, porque como pastor sigo esse livro como regra de fé e prática, não sigo apenas o que interessa nem faço compartimentação de pontos ou de testamentos. Só há um ponto do Antigo Testamento que não precisamos seguir com todos os detalhes, mas ele não foi abolido e se alguém quiser seguir, pode, que é a Lei. Em Jesus não precisamos nos preocupar mais com isso, mas se alguém preferir se preocupar em seguir a Lei, ela não foi abolida! Mas tem que seguir tudo e o negócio é complicado demais, por isso a Graça em Jesus é muito mais chamativa. Paulo trata disso nas cartas do Novo Testamento, principalmente, mas não só, em Romanos.

Então, antes de pensar em dizer que não precisa levar em conta o Antigo Testamento porque em Jesus temos a Graça, não se esqueça que a Lei não foi abolida. Não precisamos seguir, mas se alguém o fizer, não fará errado necessariamente. Vai errar ao não conseguir seguir tudo... Mas o argumento de muitos é querer que siga todos os detalhes e se não faz isso, pode deixar tudo de lado. Então, o Antigo Testamento não deveria estar na Bíblia! E historicamente, houve esse movimento logo no começo do cristianismo, antes até da definição do Cânon do Novo Testamento, onde entre outras coisas, a HERESIA defendida por Marcião (ou Marción, dependendo da tradução é possível encontrar até outra forma de escrita, mas com essas duas opções acredito que você encontre mais informações fazendo a pesquisa por conta própria) que previa a Bíblia cristã com apenas um dos evangelhos, se não me engano com Lucas, apenas com a parte histórica e suprimindo toda alusão ao Antigo Testamento, além de incluir algumas cartas de Paulo, mas fazendo o mesmo exercício: suprimindo alusões ao Antigo Testamento.

Logo, a ideia não é nova... Mas foi tida como heresia desde o começo...

Há uma ideia que Israel apronta muito contra os palestinos. Mais uma vez: eu não me iludo achando que isso não aconteça. Mas penso que quem faz qualquer ação extrema é radical. No caso de Israel, os radicais não comandam a política nem encontram apoio da nação como um todo. Se fizerem, e não me iludo que não haja quem faça, fazem por conta própria. Mas os dados do vídeo citado no começo mostram uma realidade diferente do que definem para o caso!

Agora, do que dizem que Israel faz, se realmente fizesse, não haveria nem Palestina, nem qualquer país Árabe mais! Exageram muito no que dizem que Israel faz, até por conta do fato de quem faz, se faz, são os radicais e eles não estão no poder político da nação. Esse ponto é importante no pensamento que estou desenvolvendo aqui.

Agora, do lado dos Árabes, muitos países são governados pela ala radical da fé. Diferente do que acontece com Israel. Os radicais são incentivados e apoiados pelo poder político de muitos países islâmicos. Mais uma vez: não é 100% dos casos! Não existe essa dualidade em casos assim. Não tem como colocar todos no mesmo pacote. Mas há muitos casos entre os Árabes que acontece dessa forma.

Não precisa acreditar em mim. Mas não acredite em quem defende um lado e critica o outro, porque essa pessoa vai exagerar ou acreditar apenas no que interessa para fortalecer o que prefere! Temos a possibilidade de pesquisar na Internet de forma livre e encontrar as informações por conta própria, mas muitos preferem acreditar em quem diz o que prefere, mesmo que não encontre eco na realidade.

Vou insistir num ponto: que deve ter israelense aprontando com os palestinos, eu não tenho dúvida! Mas da forma como se fala, parece que é a Nação como um todo, e não é assim. Os radicais não estão no poder político. Aliás, sem guerra, a Faixa de Gaza não recebe, por exemplo, energia elétrica de um país árabe. A energia elétrica da Faixa de Gaza sem guerra vem de Israel! Guarde essa informação e pesquise por conta própria! Se Israel quisesse acabar com os palestinos, por que manteria esse fornecimento sem guerra? Que procurassem com um país árabe, então!

Se eu alerto que há radicais islâmicos e que muitos são apoiados por líderes políticos de vários países islâmicos, podem tentar dizer que estou gerando preconceito contra o Islã. Mas se eu alerto que há radicais israelenses que aprontam com palestinos, mesmo que sem o apoio do poder político da Nação como um todo, e ainda tento fazer parecer que é todo o Israel o culpado, aí é só alerta histórico. É sério isso?!? Esse pensamento é louco!

Se para um lado é alerta histórico, para o outro também o é! Se é tentativa de gerar preconceito para um lado, para o outro também o é! Que loucura é essa que para um lado pode e para o outro não?

E ainda tem a questão que em Israel os radicais não estão no comando político, mas em países árabes, em muitos os radicais estão no comando político! Pesquise por conta própria e seja sincero com a realidade!

Faça um exercício depois de pesquisar como são os países onde os radicais islâmicos estão no poder: Se o Templo dos judeus estivesse em Jerusalém e esses radicais (não falo dos que não são radicais, falos dos que são) tivessem a chance, ele estaria no chão em quantos minutos? No entanto, há anos há uma Mesquita no local onde os judeus entendem que deveriam reconstruir o Templo dos tempos Bíblicos e ela está lá. Ah, mas há um acordo internacional... E os radicais islâmicos respeitariam acordos internacionais? Pesquise como são as coisas nesses países! Mas não ache que todas as pessoas que seguem a fé islâmica pensam da mesma forma, porque nem todos são radicais. Agora, os que são, fazem um estrago tremendo, porque muitos lideram politicamente suas nações.

Entendo que a Bíblia não prevê a ideia dos Dois Estados, ainda que eu possa ter um posicionamento que até permitiria essa realidade, desde que ao menos Jerusalém não seja dividida e fique com os judeus, pois isso cumpriria algo sobre "habitarem diante dos irmãos" que vou apresentar mais adiante no texto. Mas antes de seguir com o que eu entendo, preciso dizer que se você acredita nessa tese dos Dois Estados, só existe uma possibilidade para isso: defender Israel. Porque os radicais islâmicos que comandam politicamente seus países dizem que precisam extirpar Israel como se faz com um câncer. Pesquise por conta própria e você vai encontrar textualmente isso! Para esses radicais islâmicos não existe a tese dos Dois Estados! Defender esses radicais é defender que Israel deixe de existir e se você defende Dois Estados, não deveria defender o que esses radicais fazem. Insisto que entre os seguidores da fé islâmica não há apenas os radicais, mas muitos dos que são comandam politicamente suas Nações e para esses, Israel é um câncer que precisa ser extirpado. Sem Israel, não tem Dois Estados. Para muitos, tendo Israel não tem como ter. Logo, parece que na prática, poucos acreditam que isso seja viável de fato, mas defendem a tese para parecer que estão buscando uma solução, mas no fim, acabam tendendo mais para um lado e acham que o outro não quer, então deve ser combatido. É uma loucura, porque as pessoas nem notam isso, mas na prática, defendem um apenas...

Seguindo com o que leio na Bíblia:

Leio já em Gênesis 17.8 que a terra de Canaã é dada aos descendentes de Abraão a partir do filho da promessa, Isaque, em POSSESSÃO PERPÉTUA. Não tem "letras miúdas" nesse acordo. Não tem como acreditar na Bíblia e pensar em outra possibilidade.

Também leio na Bíblia a situação de outros descendentes de Abraão, como de Ismael, em Gênesis 16.12:

"Ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos."

"Habitará diante" e não no meio. Por isso, entendo que há espaço para esses descendentes, mas não na Terra Prometida. Essa é POSSESSÃO PERPÉTUA.

Ah... mas o judeus saíram de lá...

Bom, leio em Deuteronômio 30.1-5:

"1 Quando te sobrevierem todas estas coisas, a bênção ou a maldição, que pus diante de ti, e te recordares delas entre todas as nações para onde o Senhor, teu Deus, te houver lançado,
2 e te converteres ao Senhor, teu Deus, e obedeceres à sua voz conforme tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma,
3 o Senhor, teu Deus, te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todos os povos entre os quais te houver espalhado o Senhor, teu Deus.
4 Ainda que o teu desterro tenha sido para a extremidade do céu, desde ali te ajuntará o Senhor, teu Deus, e dali te tomará;
5 e o Senhor, teu Deus, te trará à terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem, e te multiplicará mais do que a teus pais."

Quem segue a Bíblia não pode ir contra isso, porque isso seria ir contra a decisão de Deus. Não devemos fazer isso se seguimos a Bíblia!

De qualquer forma, se dependesse das Nações Árabes, desde a fundação moderna não haveria Israel. E para eles, Israel é um câncer que deve ser extirpado.

Logo, não vejo solução de Dois Estados nem na Bíblia, nem na visão das Nações Árabes! E no fim, tentam dizer que é o que Israel faz que define não ter condições para a tese dos Dois Estados. Isso é mera vontade própria, não tem eco na realidade dos fatos! Mas as pessoas não aceitam, entendem como querem e acham que estão com a razão.

Foi um papo desse que me deixou triste ontem e que me fez escrever esse texto para postar no blog ainda antes de dar "bom dia" como faço todos os dias, permitindo o Senhor, nas redes sociais.

Agora que escrevi, sei que muita gente que venha a ler pode não concordar, querer dizer que é diferente, mas não me comovo. Pesquiso por conta própria, para além do que prefiro. E sinceramente, pessoalmente sou favorável a essa tese de Dois Estados, mas não dividindo Jerusalém ao menos! Acontece que mesmo que eu seja favorável, não vejo possibilidade de ser assim do ponto de vista tanto da realidade, porque Jerusalém teria que ser dividida e isso não existe, quanto do ponto de vista da Bíblia. Sem dividir ao menos Jerusalém e permitindo a reconstrução do Templo, talvez seja possível, mas sinceramente, você acha que seria assim?

E nem entrei no assunto da Escatologia e da Volta de Jesus, porque se você não sabe, há muitas coisas que se relacionam com Israel ao pensar nesses temas, mas deixo para outro momento.

Independente do que eu possa preferir, eu abro mão de qualquer preferência e clamo para que o Senhor realize a Sua vontade aqui na Terra como é feita no Céu!

É como vejo esse assunto.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
http://www.ministeriocompartilhando.com.br

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