Mostrando postagens com marcador opinião. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador opinião. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Confirme a vontade do Senhor!

Olá! Graça, Paz e Alegria!


Precisamos tomar cuidado com tentar transformar o que preferimos como melhor em vontade do Senhor!

Acabe tinha seus profetas. Eles eram reconhecidos, entendiam que tinham autoridade (pois até teve um enfrentamento para confrontar a autoridade com Micaías), talvez muitas pessoas ouvissem o que eles falavam. Só que naquele momento, eles falavam sim em nome do Senhor, mas não para que se confirmasse o que eles falavam, antes era para enganar Acabe a fazer o que ele queria e achava que teria sucesso, mas que seria para o seu fim.

Muitas vezes, quando uma "pessoa de Deus" fala, muitas pessoas que gostam do que é falado já tentam dar legitimidade e autoridade. Entendem como "palavra do Senhor", porque agrada ao próprio coração e entendimento. 

Algumas vezes pode sim ser do Senhor! Mas nem sempre é...

O nosso coração pode nos enganar com o que achamos melhor! Algumas vezes, o Senhor pode agir pelo caminho que parece estranho e pior aos nossos olhos, mas completa a obra da melhor forma! E outras, o que vimos como melhor nem era tudo isso e o Senhor já nos leva por outra solução, muito melhor!

Talvez  consigamos notar quando a solução já se encaminha de forma melhor ao que nós entendíamos como bom. Mas e quando acontece como José, no livro de Gênesis, que a promessa era que ele seria grande e no fim, foi vendido como escravo, preso injustamente e esquecido na prisão antes do cumprimento? O Senhor pode agir assim conosco também! Ou só valia para José?

No texto recomendado, os "profetas" não estavam entendendo que o que eles falavam não era para "dar certo" da forma como eles apresentavam. Micaías foi o único a dizer como realmente as coisas estavam se encaminhando, qual era a verdadeira revelação, e ela não agradou, mas se cumpriu!

Talvez, os outros profetas fossem vistos como "homens de Deus". E Micaías como o "do contra", o "chato", mas no fim, ele era realmente o homem de Deus nessa situação!

Cuidado com achar as palavras que as pessoas dizem como sendo "de Deus" sem antes buscar no Senhor a confirmação. Não se apresse com isso só por agradar e confirmar que o que você pensa "estar certo", porque pode ser diferente! Se apenas agrada o que você prefere, pare um tempo para buscar sinceramente no Senhor. Se precisar, faça como Gideão e "coloque o algodão do lado de fora". Não apenas se agradar originalmente, faça mesmo que seja bem diferente do que você preferia, mas busque confirmação no Senhor SEMPRE! 

Então, busque a confirmação no Senhor e não na confirmação do que você prefere. Pode até ser confirmado que o que você entendeu vinha do Senhor! Mas pode acontecer de você estar vendo a sua vontade e querendo que ela seja a do Senhor, e aí, é melhor se acertar com o Senhor e aceitar a vontade Dele mesmo. Porque Ele tem compromisso com a Vontade Dele e não com o que você acha melhor!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Opinião Pessoal e Livre Arbítrio

Olá! Graça, Paz e Alegria!

O texto que nos motiva nesta mensagem está em Mateus 19.16-22:

16 E eis que se aproximou dele um jovem e lhe disse: Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?
17 Respondeu-lhe ele: Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom; mas se é que queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
18 Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho;
19 honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
20 Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda?
21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me.
22 Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens.

A mensagem de hoje leva em conta uma situação da atualidade, para pensarmos como exemplo tanto para casos iguais como para outras situações que ocorrem na vida e que a ideia possa ser aplicada. Porque o texto Bíblico recomendado para a meditação, igualmente fala de uma situação específica, a interação de um jovem, sua motivação inicial em fazer a vontade de Deus e sua desistência diante da sugestão que Jesus fez. Meditar a respeito dessa situação específica pode nos ajudar a praticar as coisas em outras situações, quando entendemos que o Senhor está nos chamando, nos desafiando para fazer algo: mesmo que façamos o que a maioria entende como certo, podemos ter um chamado, um desafio específico para fazer algo mais. Preferimos mesmo fazer a vontade do Senhor se ela tiver um chamado, um desafio especial para nossa vida ou achamos que só temos que fazer o que todo mundo acha que é suficiente? Jesus pode nos chamar para ir além em nosso testemunho! E precisamos estar prontos, dispostos e disponíveis para atender ao Senhor em qualquer situação, e não apenas na questão financeira que seria o exemplo da situação do texto Bíblico que nos motiva.

Os cristãos não podem simplesmente agir com o desejo de fazer as coisas que são certas. Quando somos bonzinhos, agimos como aquele jovem do texto, que cumpria todas as observâncias da Lei. Na parábola do Bom Samaritano (Lucas 10.25-37), vemos um sacerdote e um levita (cumpridores da Lei) passando de largo diante de alguém com necessidades.

Além de fazermos as coisas boas para nossa própria vida (cuidar da nossa vida de santidade, tomando cuidado com as coisas erradas), devemos fazer algo mais. Dar frutos que brotem para a vida eterna é a nossa responsabilidade.

Boas atitudes só, não são o fim de tudo. Precisamos nos preocupar com todos, salvos ou não. Com os salvos, para que não venhamos a ser pedra de tropeço para que alguém se perca. E para os não salvos, para que eles venham a se converter (sem contar com também não sermos pedra de tropeço para estes também).

E precisamos, claro, ter ouvidos atentos ao desejo do Senhor. Como no caso desse diálogo de Jesus com o jovem, o Senhor pode nos pedir para deixar algo que não seja o necessário do ponto de vista do todo, de todas as pessoas. Nem todos são convidados a vender tudo e dar tudo aos pobres! Mas para esse, Jesus pediu. E se o Senhor pedir especificamente para você deixar algo que não pediu para outro? Está pronto para abrir mão para seguir a vontade do Senhor?

Depois dessa meditação inicial sobre o texto específico, que pode voltar a qualquer momento desta mensagem, da mesma forma, gostaria de pensar a respeito de uma situação que está na mídia e nas redes sociais como um assunto que desperta paixões exageradas e, com base nessa meditação, pensar tanto em casos iguais como em qualquer outra situação em que possa se encaixar o aprendizado que meditar nessa situação possa nos trazer!

E mais: gostaria que pensássemos nessa loucura que a exposição de um assunto ganha num dia e deixa de chamar a atenção no outro porque outro assunto surgiu. Muitas vezes, muda o tema que fica em evidência, vira "notícia velha" no mesmo dia! Se aproveitássemos as lições de um assunto para aplicar o que pudesse ter analogia em outras situações, talvez não teríamos tantos assuntos ganhando notoriedade e perdendo em seguida, antes, poderíamos encaminhar alguma solução real e que pudesse ser aplicada analogamente em situações minimamente parecidas ou que pelo menos houvesse um ponto de partida para encaminhar o assunto para a solução e não apenas para a discussão como muitas vezes acontece até com assuntos repetidos. 

Não nego a necessidade de discutir os assuntos! Apenas acho estranho as discussões que nunca acabam, sempre voltam, e não se encaminha uma solução. Em vez de discutir até assuntos iguais novamente, seria melhor aproveitar as situações já discutidas para ter encaminhamentos que pudessem ajudar numa solução tanto dos assuntos iguais como dos análogos ou até diferentes, mas que permitem pensar algo a partir de uma situação anterior. Parece que o pessoal gosta mesmo é das discussões sem fim em vez de querer encaminhar uma solução... o que parece ser conscientização, porque se o assunto está sendo discutido, estamos tentando conscientizar a respeito de alguma coisa, mas no fim contraria 2 Timóteo 2.23 ou Tito 3.9 que nos recomenda tomarmos cuidado com as discussões sem fim... A discussão tem sua importância, mas para encaminhar algo e não apenas por discutir...

O assunto que penso para este momento é o aborto negado judicialmente a uma menina de 11 anos que foi estuprada.

Primeiro ponto: pessoalmente, entendo que o aborto não é algo que deva ser feito. Mesmo que digam que sou homem e não posso opinar, eu não digo com base em masculino e feminino, ou que digam que pobre não pode fazer, mas rico faz no exterior. Digo que não deve ser feito com base no que entendo da questão da vida e sua importância por conta da leitura da Bíblia. E a discussão da questão social de "pobres e ricos" não se aplica para mim, porque não importa se seja feito no Brasil ou no exterior, no mais profundo abismo, nos céus como águia, dentro da barriga do peixe grande, não importa onde, minha posição de que não deva ser feito continua a mesma. Essa é uma posição pessoal, que recomendo, mas é apenas pessoal. Espero que isso seja entendido na sequência do texto! Na questão social, quem é a favor do aborto pode e entendo que até deve discutir a questão de "pobres ou ricos", no país ou no exterior, mas quem seguirá sendo contra pessoalmente, nem tem como abrir essa discussão social no meu entendimento!

Segundo ponto: entendo a lei que define que o aborto pode ser feito em algumas situações, mesmo que eu seja contra em qualquer uma. Então, no que dependesse de mim, se fosse para eu tomar a decisão pessoalmente, e esse é o ponto – decisão pessoal e para atingir a minha vida, não a de outra pessoa, eu não seguiria a permissão da lei, por ser permissão e não obrigação, por entender que o aborto não deva ser feito. Mas a lei permite em algumas situações e a decisão deve ser pessoal.

Mesmo entendendo a crise, por exemplo, de ter uma gravidez onde seja constatado que o bebê não tem cérebro. Pessoalmente, fico em crise de pensar em levar a gravidez até o final com uma sentença dessas! Mas do ponto de vista da leitura da Bíblia, ainda que humanamente entenda as crises e pessoalmente passaria por elas se o Senhor permitisse uma situação assim envolvendo a minha vida, eu seguiria contra. Mesmo a medicina acertando na grande maioria dos casos, ainda há situações pontuais que há um erro médico! Assim, eu seguiria mesmo com toda a crise envolvida. Mas essa é uma posição que seria minha e para atigir apenas a mim! Como eu não engravido, poderia seguir dizendo o que penso e recomendando, mas não obrigaria uma pessoa a fazer o que penso. Faria pessoalmente, mas ao outro, posso apenas recomendar!

Vou retomar essa questão da decisão ser pessoal em alguns momentos. Afinal, ela é importante para pensarmos a questão do livre arbítrio! E isso não apenas nessa situação específica, mas em qualquer uma!

Mas antes, preciso ainda pontuar nesta parte que a questão das “vinte semanas” parece ser apenas norma interna do hospital onde o pedido para o aborto foi feito. Se a lei permite o aborto na situação da menina, mesmo eu entendendo que não se deva praticar o aborto nunca, o hospital deveria rever sua posição interna para não criar problemas contra a lei apenas para "desencargo de consciência" ou jogar com uma possível demora da justiça. Até entendo, e logo escreverei sobre isso, a questão de seguir regras de um clube para fazer parte dele, mas não sei se ela se aplica especificamente nessa questão do hospital e a possibilidade legal do aborto.

Agora, se a lei tem previsão de um prazo, isso igualmente deve ser respeitado e quem não concorda, deve lutar para mudar a lei, da mesma forma que se a lei não tem previsão de prazo, o hospital deveria se adequar ao aspecto legal e, se quiser que seja diferente, lutar pela mudança na lei. O que não pode ser feito é ter uma coisa na lei e uma pessoa qualquer, na justiça ou no hospital, querer encaminhar que outra pessoa venha a fazer diferente porque quer diferente. Na decisão pessoal, se tanto faz seguir ou não a lei (e o aborto pode ou não ser praticado em situações específicas, não é obrigatório), tudo bem. Para definir pelo outro, é necessário seguir o que a lei define e, nesse caso, a juíza teria que autorizar, mesmo que recomendasse pessoalmente contra. Acho que pessoalmente ela poderia falar fora do processo, pelo menos, entendo que no processo nem mesmo a posição pessoal poderia ser apresentada, mas como cidadã, poderia apresentar sua posição como qualquer pessoa. Na questão legal, não: a vontade e o entendimento pessoal não devem se sobrepor ao entendimento legal. Afinal, a mediação do assunto era com base no que a lei diz e não com base no que ela prefere!

Mesmo que a decisão dela seja na direção de impedir o aborto, e o meu entendimento é que o aborto não deva ser praticado, em tese não posso concordar com o que ela fez! Porque se eu gostar que a opinião pessoal de um juiz seja aplicada mesmo contra a lei quando concordo, um dia poderá acontecer de um juiz contrariar a lei e aplicar sua decisão pessoal igualmente, mas que seja diferente do que prefiro! Aí, não vou gostar, não é? Então, em tese, para seguir a questão da justiça, dos pesos justos que Provérbios apresenta, mesmo que eu concorde que o aborto não deva ser praticado, entendo que a juíza errou ao ir contra a lei. Gostaria que a lei mudasse, mas enquanto ela está em vigor, mesmo eu não concordando, ela deve ser aplicada! Não posso reclamar só se o troco errado veio a menos. Tenho que devolver se ele foi a mais! Não posso me calar se fizer contra a lei o que prefiro, pois um dia podem fazer contra a lei o que não quero! Precisamos que a lei seja seguida e não a opinião de cada um, ou sempre teremos decisões diferentes para casos iguais! E quando se aplica a lei, se não concordamos com ela, lutamos por mudança! Mas é melhor assim que "cada cabeça, uma sentença", pois um dia será como prefiro e no outro, completamente diferente...

Diante de tudo o que escrevi, preciso pontuar que eu pratico o que acredito pessoalmente e recomendo para os outros a mesma coisa. Não posso obrigar o outro a fazer o que eu acredito, a menos que seja uma decisão de uma comunidade específica. Aí, é como se fosse um clube com suas regras e para fazer parte do clube, tem que seguir as regras do clube. Não faz sentido querer estar no clube e fazer tudo diferente do que o clube define. Quando muito, se tenta mudar as regras, mas sempre que elas estiverem em vigor, para fazer parte, tem que seguir! 

Não sou obrigado a participar do clube, posso não participar, então, se decido participar, devo sim seguir as regras! Não sou obrigado a dirigir, mas se decido participar do clube das pessoas que dirigem, preciso seguir as regras desse clube! Não sou obrigado a fazer parte de uma igreja específica, mas se decido fazer parte, tenho que seguir as regras desse grupo!

Jesus recomendou ao jovem no texto Bíblico sugerido no início que fizesse algo para fazer parte do clube dos Seus seguidores. Ele não era obrigado a fazer, mas para fazer parte do clube, precisava fazer. Mesmo assim, Jesus não obrigou o outro a fazer o que Ele entendia que deveria ser feito! Recomendou, sugeriu, convidou...

Deus nos dá o livre arbítrio. Nem Ele nos obriga a agir de acordo com Sua vontade. Apresenta, recomenda, chama e convida, gera o querer e o efetuar, mas não obriga! No fim, decidimos se queremos seguir ou não. Para seguir, temos que obedecer, claro! Mas não somos obrigados a obedecer. Somos livres! Tudo é lícito, ainda que nem tudo seja conveniente. Podemos sim fazer tudo, até o que é errado, mas o que é errado não é bom fazer e devemos decidir se fazemos ou não, caso queiramos obedecer ou não a vontade do Senhor. O que muitas vezes se espera é fazer qualquer coisa e ter apenas as vantagens, o bônus, mas qualquer decisão de fazer ou não algo tem tanto bônus, tanto vantagem, quanto ônus, quanto consequência. Podemos fazer o que quisermos, mas temos que aceitar tanto o bônus como o ônus!

Algumas pessoas entendem que é certo impor ao outro o seu pensamento. Como alguns podem dizer que se a juíza era contra, ela não poderia dar autorização. Bom... se ela fosse a favor poderia mesmo contra a lei e na opinião de quem é contra? A conversa seria diferente, não é?

Então ela não deveria ser juíza com base na lei, antes poderia quando muito ser juíza de um "clube" como a ideia que apresentei acima! Se a lei permite, e se Deus dá o livre arbítrio, por que eu vou decidir pelo outro o que pode ou não? Nesse caso em especial, ela teria que seguir a lei, ainda que recomendasse pessoalmente diferente, e acredito que essa posição pessoal possa ser apresentada fora do aspecto legal. Não pode obrigar a vontade pessoal a outra pessoa... quando muito, mediar com base na lei ou na decisão do "clube", nunca só com base no entendimento pessoal. Com base no que entende pessoalmente, pode recomendar, ou sugerir, até dar o exemplo vivendo, sem crise, pois o entendimento pessoal seria para aplicar apenas para sua própria vida e por isso, entendo que se ela não está disposta a fazer o que a lei encaminha, ela não poderia ser juíza.

Deus dá o livre arbítrio e permite que a pessoa não faça o que Ele entende como certo. E eu vou ter que decidir pelo outro o que pode ou não ser feito com base no que eu acredito? Não! Eu posso falar o que entendo como certo, mas o outro faz ou não por decisão pessoal. Não sou mais que Deus! Se ele deixa a pessoa livre para fazer a vontade Dele ou não, eu não posso obrigar alguém a fazer o que eu entendo como certo... Posso sugerir, dar o testemunho com minha prática pessoal, mas não obrigar o outro...

Essa questão de querer que o outro faça o que eu acredito porque “é a vontade de Deus” parece bonito, agradável e parece certo. Parece que se eu falar qualquer coisa que não seja “faça ou não faça” estou sendo conivente. Mas isso é coisa do farisaísmo, não do cristianismo! O cristianismo joga sementes, convida, chama. Não impõe ao outro... até fala o que é a vontade de Deus, mas nunca obriga o outro, só convida, recomenda, dá testemunho vivendo, mas não fica cobrando! Quem cobrava era o farisaísmo! O jovem naquele texto Bíblico que iniciou esta mensagem foi embora depois da sugestão de Jesus. Não fez o que Jesus sugeriu. Jesus apresentou o que deveria ser feito, mas não cobrou nem obrigou, apenas convidou!

Faria mais sucesso uma mensagem onde eu falasse que se eu não recomendar apenas o que entendo como certo e ficar cobrando que se faça apenas isso, e ainda incluir a ideia que devo cobrar ou estou sendo conivente com o erro, do que uma mensagem onde eu realmente diga que o que eu acredito, mas deixando claro que a pessoa tem o livre arbítrio para seguir ou não. Mas mesmo fazendo mais sucesso, não seria Bíblica, não seria cristã...

A lei deve ser seguida, mesmo que pareça injusta. Jesus fala sobre dar a outra face, carregar a segunda milha, dar a capa se pedirem a túnica... A lei não obriga o aborto antes que digam que o aborto é permitido em algumas situações! Sim, é permitido, não obrigatório! Então, pode ou não fazer e assim, ainda mantenho o meu entendimento que não se deve fazer, e a outra pessoa pode decidir fazer mesmo não sendo o meu entendimento...

Não é por ter muito imposto e investimento errado, desvio, que posso "dar um jeito" ou "explicar" e não pagar o imposto. Devo dar a César o que é de César e não ficar explicando porque não estou dando... A lei deve ser seguida até o limite da negação direta de Deus! Isso por não devermos temer quem mata o corpo. Pessoalmente, não podemos desobedecer uma lei apenas porque a achamos injusta, mas devemos desobedecer e devemos estar prontos para a cova dos leões, para a arena, perseguição e essas coisas, se a lei for contra Deus, for para negar ao Senhor, for para prestar culto ou adoração a qualquer outro. Essa é uma regra que só pode ser desobedecida por disposição e ação pessoal! Eu não posso obrigar o outro a adorar somente ao Senhor, mas posso obedecer pessoalmente, mesmo que tenha consequências.

Por isso, devemos tomar cuidado com o que queremos decidir sobre a atitude do outro! Podemos recomendar, sugerir, convidar. Mas o próprio Deus dá o livre arbítrio para que a pessoa faça ou não a Sua vontade. Não posso querer ser mais do que Deus e decidir pelo outro! Sugiro, recomendo, convido, jogo sementes, mas a decisão não está na minha mão nem qualquer coisa que eu faça, na direção de concordar ou discordar, fará diferença no livre arbítrio pessoal. Eu posso dizer o que eu penso, e eu sou contra o aborto, posso recomendar e se a lei fosse taxativa, poderia cobrar que a lei fosse cumprida. Mas mesmo que a lei fosse taxativa contra, eu não poderia impedir a outra pessoa de fazer por vontade própria, como não poderia obrigar a outra pessoa a não fazer. Ela decide pessoalmente, com ônus e com bônus. Posso sugerir, recomendar, dizer o que eu penso e até praticar o que eu penso, mas não posso obrigar o outro a fazer o que eu prefiro, porque Deus dá o livre arbítrio e eu não sou mais que Deus...

Poderíamos seguir e pensar na questão das pessoas que tentam evitar a perseguição por lei, quando Jesus disse que se fizermos a vontade de Deus e mesmo assim formos perseguidos, somos bem-aventurados, já que disse que eu posso dizer o que eu penso. Alguém pode dizer que não se posicionar agora a favor do que prefere pode gerar no futuro a impossibilidade de dizer o que pensa. Mas, sinceramente, se esse dia chegar, eu prefiro continuar fazendo o que entendo como vontade do Senhor e ser bem-aventurado por ser digno de perseguição neste mundo por seguir a vontade de Deus do que tentar lutar contra e ser aceito por este mundo. Não vou preferir a perseguição, nem apressar ela, mas se ela acontecer, quero estar do lado certo pessoalmente e que meu testemunho possa impactar outras pessoas como foi no começo do cristianismo, onde a morte de tantas pessoas serviu para o avanço da mensagem por conta do testemunho.

Recomende, convide, chame, testemunhe! Mas não obrigue. Pois Deus permite o livre arbítrio e cada pessoa deve, pessoalmente, decidir, eu não posso decidir pelo outro.

Que o Senhor nos abençoe!

Até mais, permitindo o Senhor

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Sobre o Reconhecimento de Jerusalém como Capital de Israel

Graça, Paz e Alegria!

Pensando a respeito do Reconhecimento de Jerusalém como Capital de Israel por parte dos EUA:

1) Muitos falam que os EUA perderam o status de negociador do conflito na Região, ao tomar partido por Israel. Mas... vamos combinar: há quantos anos os EUA mediam esse acordo e sem sucesso, pois continuam os problemas? Seguir com algo apenas para dizer que existem esforços, mas nada acontecer, é o mesmo que não fazer nada!

2) Muito se fala que a decisão foi do Presidente Trump, mas essa é uma decisão tomada desde a época do Presidente Clinton! A decisão tinha um artigo que permitia adiar a execução, mas a decisão estava tomada! Presidentes Clinton, Bush e Obama falaram desse reconhecimento, tem até vídeo com essas declarações, mas preferiram seguir adiando. Se a decisão era errada, não devia ter sido tomada! Tomar a decisão e ficar adiando indefinidamente não é adequado...

Vou para um terceiro ponto, que será um pouco mais longo:

3) Nos argumentos "contra" Jerusalém ser Capital de Israel, muitos acham que "lacram" ao "pedir um livro, que não seja a Bíblia, que confirme que Jerusalém é de Israel". Acontece que a Bíblia não é apenas um livro de Fé e Prática: é também um livro HISTÓRICO! E a Arqueologia não consegue simplesmente desmentir a Bíblia. Muitos achados confirmam o que o texto Bíblico relata. Logo, o "lacre" dessa "lacração" está rompido antes mesmo de "lacrar" alguma coisa!

Sem contar que podemos sim indicar livros que falam disso, sem ser a Bíblia. Começo com um: "História dos Hebreus", de Flávio Josefo.

Mas vou voltar a comentar sobre a Bíblia, porque sei que mesmo indicando outros livros, ainda vão reclamar apenas da Bíblia, logo, não vou seguir tendo esse trabalho de indicação, mas vou comentar sobre o livro que realmente será alvo:

Ela é pra mim regra de Fé e Prática. No entanto, é também pra mim um livro histórico, com fundamentos confirmados pela Arqueologia.

Se para você a Bíblia não é livro de regra de Fé e Prática, sem crise! Mas "jogar fora" como livro histórico é ser tendencioso com relação ao próprio curso da História! Se você escolhe quais livros prefere para fundamentar a História, pode ser que sua História seja Estória!!!! Apesar de em desuso, o termo serve como exemplo neste caso para diferenciar.

Desprezar um livro que tem sido confirmado por arqueólogos é tentar direcionar o conhecimento da História para o que prefere e negar o que pode mesmo ter acontecido!

O impasse pode sim ficar na questão espiritual. Eu acredito em mais coisas que você, se você não tem a Bíblia como regra de Fé e Prática. Mas como livro histórico, nós dois devemos sim ver as mesmas coisas!!! Tanto na Bíblia como em outros livros históricos.

A sequência deste texto mostra muito mais a visão de quem tem a Bíblia como regra de Fé e Prática. Mas recomendo a leitura para todas as pessoas, mesmo que não acreditem nisso, pois não podemos nos furtar do conhecimento de posições diferentes, tanto para fundamentar a nossa e ver mais razões que nos levam a pensar diferente, como para uma reflexão sobre a possibilidade de reformular o nosso pensamento!

Sem contar que muitos que afirmam ter a Bíblia como regra de Fé e Prática até pensam este assunto como os que não possuem esse entendimento!

Aquela terra foi dada como promessa do Senhor a Abrão / Abraão - Gênesis 12.1; 13.14-18; 15.7; 17.1-8.

O Senhor já revelou para Abraão o tempo de escravidão no Egito e a volta para casa do livro do Êxodo - Gênesis 15.12-21.

A promessa feita a Abraão é renovada com Isaque - Gênesis 26.1-6.

Nova renovação da promessa, agora para Jacó / Israel - Gênesis 28.10-17.

José confiava na promessa - Gênesis 50.22-26.

Moisés é chamado para levar o povo do Egito de volta para a terra que o Sehor prometeu - Êxodo 3.

Podemos citar muitos textos da Bíblia que confirmam a promessa do Senhor para Israel. Mas vamos ficar agora com um que fala sobre "ser espalhado pela Terra por desobediência e retorno para casa, caso volte a buscar a vontade do Senhor":

No livro de Deuteronômio encontramos promessas sobre bênção e maldição a partir da decisão de obedecer ou não o querer do Senhor (28), nova aliança do Senhor com o povo (29), que fala até mesmo de grandes problemas que o povo de Israel poderia passar se deixasse de seguir a vontade do Senhor.

E no capítulo 30, o Senhor deixa claro que se o povo que desobedeceu, e foi até mesmo espalhado pela face da Terra, se arrepender e buscar a Sua vontade, o Senhor os levará de volta para a terra que deu para esse povo.

Desde a queda de Jerusalém, por volta do ano 70 d. C., os judeus viveram espalhados pelo mundo. Começa naquele evento, poucos anos depois se torna definitivo, e logo o povo estava espalhado pelo mundo. Mantiveram muitas de suas crenças, muitos evitaram se "misturar" com outros povos em casamentos, e mesmo entre os que "mituraram", muitos que não eram judeus acabaram assumindo o entendimento judeu das coisas.

Existe uma piada que dá conta que na hora que o avião está em queda, até mesmo ateu faz oração!

Pode até não ser exatamente assim, mas como piada expressa que qualquer ser humano, no momento de maior dificuldade, mesmo aquele que não acredita em Deus, pode recorrer ao sagrado. Mesmo entre os que acreditam, muitos reforçam a busca pelo Senhor no momento da angústia e "deixa mais suave" quando as coisas estão em ordem.

Enquanto prosperavam, os judeus seguiam "espalhados".

Mas durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus foram perseguidos pelo Nazismo! Quer momento de mais angústia que ver pessoas presas, morrendo, sabendo que pode ser o próximo?

É claro que muitos naqueles dias buscaram ao Senhor. Muitos, mesmo pouco antes da morte! Outros, os que conseguiram escapar, buscaram também! É algo natural na condição humana isso! Exatamente por isso, é possível imaginar que os judeus assim fizeram! Se não fossem os testemunhos confirmando, seria possível imaginar mesmo assim!

O movimento que pretendia a volta para a casa por parte dos judeus começa a ganhar força antes mesmo da Guerra, no final do século XIX. Mas só depois da Segunda Guerra isso acontece, depois do tempo de maior angústia que levou a buscar ao Senhor!

Como pessoa de fé, entendo que isso aconteceu em cumprimento ao texto de Deuteronômio 30! Eles buscaram e o Senhor os ajuntou de todos os lugares! Levou de volta para a terra que foi dada como promessa!

E a promessa não define "divisão".

Pode até parecer a solução mais simples, humanamente falando.

E pode até acontecer! Mas não será por conta da manifestação do Senhor. Será por algum ajuste humano. Porque a promessa do Senhor não muda e não fala em divisão!

Acho muito mais provável que não aconteça a divisão. E não apenas por decisão dos EUA, ou de Israel, ou ainda dos Palestinos. Se fosse possível essa solução, ela já teria sido aplicada. Não parece possível ir por esse caminho. A menos que se acerte algo com a reconstrução do Templo dos Judeus. Aí, a solução política pode ter qualquer rumo. Mas apenas para que os acontecimentos sigam seu curso e o Senhor Jesus volte!

Entendo que a promessa do Senhor é para Israel nesse caso!

E entendo ainda que caminhamos sim para "os últimos dias". Algo será negociado para um acordo de paz de verdade, um acordo de 7 anos, a "última semana de anos das 70 Semanas de Daniel". Esse acordo será rompido na metade do tempo e quando os judeus estiverem perto de não resistir, o Senhor Jesus volta!

Se a guerra será deflagrada definitivamente com a questão de Jerusalém ser a capital de Israel, logo teremos o acordo de paz, que pode até mesmo prever alguma solução humana dividindo.

Mas entendo que a promessa do Senhor no caso daquela terra é apenas para Israel, sem divisão.

Ainda que se divida, a Bíblia revela que a promessa do Senhor não era dividir. E não acreditar nisso, esperar diferente como "melhor solução" ou até "lutar" por algo diferente do que a Bíblia revela é não ter a Bíblia como regra de Fé e Prática. Os humanos podem até chegar a uma solução diferente, mas quem tem a Bíblia como regra de Fé e Prática não pode abrir mão do que ela revela: A Promessa do Senhor no caso daquela terra é para o Judeus!

Mesmo que a divisão permita o desenrolar dos acontecimentos que como pessoa de fé espero, ainda assim repetirei: a promessa do Senhor não é pela divisão. A promessa do Senhor é que aquela terra é de Israel. Os humanos podem negociar diferente e ter sucesso, mas nunca será a vontade do Senhor. E temo que se Israel aceitar uma divisão nesse caso possa ser entendido como desobediência ao Senhor pelo que foi prometido e, assim, nem seja realmente possível encaminhar os acontecimentos finais que espero como pessoa de fé.

Eu espero pela Volta do Senhor Jesus! E quero o cumprimento da vontade do Senhor!

Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Infelizmente, Reinaldo Azevedo ainda não entendeu que "bater em Marina", fortalece Dilma e não Aécio... OU: Reinaldo Azevedo quer mais é que o PT vença para ele poder manter sua coluna sem precisar reavaliar os assuntos...

Graça, Paz e Alegria!

Notaram que fiz um "título" parecido com os de Reinaldo Azevedo em algumas ocasiões? Usando "OU"... mas sei que o texto não terá tamanha competência (concordando ou não com o que ele escreve, eu sei admitir que ele escreve com brilhante competência)...

A polarização PT x PSDB já passou da conta... Não consigo mais aceitar uma pessoa dizer que vota no candidato que o PT ou PSDB apresentar (acontece mais com relação ao PT), independente de quem seja... Se o partido apresentar, vota... Mas que está sendo legal ver tanto tucanos como petistas postando e comentando favoravelmente aos textos de Reinaldo nesses últimos dias... está... Num dia, ele é o "manipulador" para petistas... no outro, a chance de esclarecer a população contra Marina... pois é... não é um debate de fato, é apenas "usar o que interessa" e quando interessa... E quando não interessa, se faz a "crítica pela crítica", só pra deixar a "mancha" na história e no imaginário popular...

Já passou da conta essa polarização na eleição presidencial... Quase acaba com eleições estaduais, indo no mesmo caminho... Sem contar com as brigas em cidades...

Não prego, como alguns, que não se vote nem em PT ou PSDB... Mas dentro do PT eu só lembro mesmo de uma pessoa que eu votaria para presidente... E no PSDB, lembro de 3 nomes que voto sem pestanejar... No mais... para votar em qualquer quadro apresentado por esses partidos, eu teria que avaliar muito bem e, sinceramente, a preferência seria por votar em candidatos de outros partidos, se encontrasse alguém que merecesse meu voto...

O número mágico do PT nessa eleição não tem sido o famoso "13" do partido... Mas as pesquisas mostram um número que se repete mais que os outros: 36... Esse deve ser o percentual "cativo" ou mais próximo de ser "cativo" do PT, independente de quem seja candidato para presidente...

O PSDB varia entre os seus 20 e 25%... de "cativos"...

Os "cativos" votam como se vota no "Maluf", pra quem conhece o "malufismo"... Mas esse número sempre pode aumentar com "indecisos", "voto útil", escolha em um segundo turno com os dois na disputa... essas coisas...

Antes da definição de quem seria candidato pelo PSB, as pesquisas já mostravam maior índice de votos em Marina que em Eduardo Campos... Mas os números eram interpretados de tal forma que eu dizia: "Querem Eduardo Campos na disputa... não querem Marina"...

Desde Eduardo Campos ainda na disputa eu converso com pessoas próximas dizendo: Quem pode unir as oposições contra Dilma não é Aécio... É Eduardo Campos, por conta do índice de rejeição... Sei que os dias de campanha e a "central de boataria" agindo poderiam mudar isso... Mas era como eu interpretava os números...

Depois que Marina entrou na disputa, ela não apenas retomou os índices com base na votação de 4 anos, e muito menos retomou os índices de quando ainda tinha mais intenção de votos que Eduardo (antes de anunciar a chapa - e ela já tinha mais intenção de votos sem ser candidata mesmo do que teve de votos mesmo 4 anos antes: quer dizer que continuava "crescendo"), mas subiu muito além daqueles números de 4 anos atrás ou das primeiras pesquisas antes de definir chapa... É uma candidatura consolidada, e que então, passa a ser alvo de PT e PSDB...

Mas notem que a polarização entre os dois ainda não acabou! Os dois "atacam" Marina em seus discursos (PT e PSDB concordando no discurso?), mas ainda insistem nos ataques da polarização... É claro... ainda sonham com a possibilidade de voltar a ter que se preocupar apenas um com o outro, pois fica mais fácil desenvolver argumentos "contra" quando tem que se pensar em apenas um...

Bom... esses dias acabaram! Mesmo que ainda tenhamos apenas PT e PSDB no segundo turno, que Marina perca terreno, a polarização já foi atingida... Agora, mesmo que não aconteça esse ano, o caminho para o fim disso já está traçado... E, sinceramente... espero que seja este ano... E que Marina vença a eleição... E mais: faça um governo que permita a maioria do eleitorado (menos os "cativos" de PT e PSDB que, mesmo que os seus candidatos digam "não votem em mim", mesmo assim eles votam, pois só sabem pensar no partido e nunca numa verdadeira avaliação do quadro, podendo mudar de candidato/partido dependendo do que se apresente) note que essa polazrização não foi boa, que podemos até votar em quem é do PT ou do PSDB, mas não porque o partido apresentou... Antes, que seja porque realmente é o melhor para o Brasil... E que, se o melhor estiver em outro partido, vamos atrás disso, sempre buscando o melhor voto e não o voto definido, independente de quem se apresente...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Entrevista de Marina ao JN

Graça, Paz e Alegria!

Levando-se em conta o que aconteceu nas outras entrevistas, Bonner tinha que fazer a entrevista como fez com Marina...

Bom... vamos lá:

Sobre o avião: O ideal sempre é o "líder" em um grupo saber o que está acontecendo, tanto quando as coisas estão em ordem como quando há erros, delitos ou o que quer que seja. E muitas vezes sabe, mas diz que não sabe... Nesse caso, entra a investigação para mostrar onde está o erro e quem realmente sabia do que aconteceu.

Acontece que o normal é "delegar"... Ou não é normal? Você confia numa pessoa para fazer a coisa certa e espera que ela faça de fato as coisas dentro da lei...

Quando o escândalo do Mensalão foi denunciado, Lula rapidamente disse que o PT tinha que pedir perdão ao Brasil e que ele tinha sido traído... Essa foi a primeira reação dele... Depois, começou aquele papo de que não sabia de nada, e em momentos mais atuais, disse que a história seria reescrita (se ele não sabia de nada, como poderia dizer que a história ia ser reescrita? De algo, sabia, no mínimo, que não era como foi denunciado!) e tudo mais... Eu consigo sim acreditar que ele delegou para pessoas de confiança que trairam a sua confiança. Posso até aceitar que ele não sabia de nada... Mas o que diz depois, eu não consigo mais engolir, sinceramente... E fico preocupado com o que disse antes, pois se quer negar tudo, pode ser tudo diferente mesmo, mas... essa é outra história...

É possível qualquer "líder" acreditar que seu "liderado" esteja fazendo a coisa certa e ser traído... O problema não está nisso... A corrupção pode ser até orquestrada! O "liderado" pode fazer acordo com outros partidos para que haja o erro com o partido dele, vai saber... É possível chegar a esse ponto, por que não? Acredito que o caso do avião do PSB não seja esse, mas é possível...

O problema não está em confiar e ser traído... Pessoas muito próximas podem nos trair! Por qualquer motivo...

O problema se apresenta em como reagimos diante do fato!

Primeiro, deve ser investigado, pois pode ser uma denúncia falsa... Se for falsa, acaba (deveria acabar)... Se for verdadeira... segue...

Segundo, deve ser apresentado quem realmente fez... O "líder", aqui, precisa se posicionar a favor da verdade! Não pode defender o "liderado" e ir contra a verdade. Normalmente quando o "líder" defende o "liderado" mesmo depois de comprovado o erro, há outros interesses e outros culpados... O "líder" que se posiciona a favor da verdade, cobra o "liderado" e tira da posição de confiança...

Terceiro, precisa ficar claro que o "líder" afastou o "liderado" que traiu a confiança. Que a verdade precisa prevalecer. E se houve erro, tem que punir! Não adianta só falar que deixa investigar, mas precisa aceitar o resultado da investigação diante das provas, em vez de ficar tentando inverter a interpretação. Deixar investigar e depois inverter a interpretação das provas é tentar, no mínimo, desmoralizar quem investigou diante da opinião pública, deixar uma mancha que, mesmo que não seja verdadeira, em tempo oportuno possa ser lembrada...

Então, é preciso saber quem estava cuidando das coisas do avião e verificar porque entrou pelo caminho do errado, correndo o risco de causar problemas ao "líder" que nele confiou...

Qualquer um pode ser traído... o problema não está nisso... O problema é como reage diante dessa traição... isso pode revelar se foi mesmo uma traição ou se havia algum tipo de acordo para, caso fosse descoberto, apenas assumir se fosse o caso e ainda ter algum benefício diante do caso...

Votos no seu Estado: Normalmente, o candidato acaba perdendo votos em seu estado quando concorre para um cargo diferente. Marina foi Senadora pelo Acre. E no seu estado, pode sim ter menos votos, por conta da conjuntura política (ela em 2010 era tida como "desertora" do projeto de Lula e até se cogitava que fez isso por não ser ela a escolhida para a eleição), ou porque enfrentou alguns interesses, como ela disse na entrevista. Depois de 4 anos e da tida como "desastrosa" escolha de Lula ao indicar Dilma, pode ser que essa conjuntura seja diferente. Mas Lula não emplaca em seu estado também, onde o PT nem mesmo conseguiu eleição para o governo (São Paulo). Dilma não tem como ser comparada nesse ponto. Aécio tem caído em pesquisas em Minas Gerais... Logo... esse não é apenas um fenômeno de rejeição pura e simples: pode ser influenciado por boatos, por conta de outros candidatos que se entenda ter melhor condição ou até ter menos votos no estado pode ser indicador de boa conduta, pois pode ter perdido não por fazer um mal papel durante o mandato, mas por ter feito o que desagradou a alguns... Há muitas possibilidades além da "rejeição" pura em simples...

Posições Pessoais: No Brasil, ainda que se possa editar medidas provisórias e encaminhar decretos, o Congresso pode não encaminhar até que perca validade ou derrubar, impedindo que se mantenha a decisão... Logo... Ainda que o presidente tenha suas posições, essas não irão prosperar necessariamente... O Congresso acaba sendo mais importante nesse caso e temos que ver se os que lá estão apenas aprovam o que quer o Governo ou se encaminham coisas de acordo com a vontade popular de fato... Fiscalizar os Deputados e Senadores já diminui a chance do Presidente apenas encaminhar o que tem como "posição pessoal"... Isso vale para qualquer assunto (transgênicos, células tronco, o "sexo dos anjos", qualquer um)...

"Nova e Velha" Política: Passa por só escolher para os cargos os que são "aliados"... Há acordos que precisam ser feitos e encaminhados... Mas usar toda a máquina pública para encaminhar esses acordos fica complicado! É preciso negociar com todos! É preciso encontrar os melhores para as funções, mesmo em caso de acordo! Não pode ser escolhido só porque é do partido de apoio... É preciso unir essa questão com a excelência e já passou da hora de ser assim!

Assim, é preciso ir além desses acordos na hora de compor ministério e encaminhar as coisas...

Além disso, é preciso parar com essa coisa de "campanha", onde se "demoniza" tudo que o outro fez. Nos "corredores do poder", eles são amigos, mesmo que em partidos que se posicionam em oposição ao outro... Não precisa ficar elogiando o "inimigo", mas "demonizar" é um abusrdo, pois acirra uma briga por parte de pessoas que nem estão ligadas com esse assunto... o povo acaba "comprando" a briga que nem existe de fato e a sociedade se divide... PT e PSDB nem são tão "inimigos" assim... A campanha precisa ter nível e não ficar com acusações apenas...

E... é preciso ir além da sua posição pessoal... Não dá pra querer apenas o que quer pessoalmente... É preciso saber negociar, sem conchavos ou acordos, mas apenas vendo o que pode ser melhor para o momento, para o Brasil... Pode ser ilusão, mas ainda acredito que seja possível negociar posições apenas com base no que pode ser melhor em vez de se fazer acordos para ter benefícios...

Escolher os melhores, diminuindo os acordos para escolhas, assumindo o valor do outro, mesmo que em "oposição" e ser capaz de negociar a sua posição pessoal para ter um equilíbrio com a posição do outro, mesmo sem ter benefícios pessoais, apenas visando o melhor para o Brasil seria fazer a "nova política"...

Dessa forma, eu entendi muito bem o que Marina disse... quem não entendeu, pode rever por aqui...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
http://twitter.com/Pr_Ricardo_
http://twitter.com/BlogsComparti
http://www.compartilhandonaweb.com.br

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Graça só na Política?

Graça, Paz e Alegria!

Quando uma pessoa erra, muitos ficam falando do erro por anos, mesmo que haja arrependimento, mudança de vida, testemunho dessa mudança... Quando erra de novo então...

Quando se pensa que uma pessoa errou, mesmo que não tenha errado, ficam falando por anos: "mas tem aquele caso..."...

Isso mostra o quanto não entendemos a Graça... Alguns pensam que se pode "baratear" a Graça quando se pensa em um convertido que acaba pecando... Mas a Bíblia mesmo nos diz que não devemos pecar mais e que quando seguimos a vontade do Senhor, fugimos dessa prática... e o conhecimento nos é dado para que não venhamos a pecar... mas se todavia isso ainda acontecer, temos advogado no Céu... ou isso não está escrito??????? Devemos sim fugir do erro, mas se isso acontecer, mais uma vez devemos reconhecer, nos acertar diante do Senhor, com sinceridade e seriedade, confiando mais uma vez na Graça. Isso é o que lemos em Paulo e em João, apenas para citar exemplos que deixam claro coisas que escrevemos acima...

Mas em política... é diferente... e em alguns casos...

Com o irmão na fé, com aquele que anda do nosso lado no dia a dia, agimos como escrevi antes... lembramos do erro e do erro que foi dito mesmo que não tenha acontecido...

Com o político que segue linha diferente da que alguns gostam, mesma coisa... um erro de gramática é suficiente para se condenar... E infelizmente, não é algo apenas fora da igreja... Mesmo pessoas "de fé" andam agindo assim...

Mas com o político que segue a linha que alguns gostam... tem que ver tudo de bom que fez e não falar do erro!!!! Tanto os "de fora", como os "da fé" andam fazendo isso...

Ao falar de um erro sério, sempre se ouve: "mas tem que reconhecer os avanços..."...

Quer dizer: eu tenho que reconhecer avanços que a economia sente no dia a dia que não são tão vantajosos assim... Tenho que reconhecer avanços de pessoas que hoje recebem o "Bolsa Família", mas não posso falar que o esgoto perto de suas casas corre no quintal ou bem perto... Não posso dizer do que tem de errado e que ainda falta porque todo mês tem dinheiro disponível para as pessoas... Então, paga-se para que aceitem escola de baixa qualidade, saúde sempre com problemas e limitada, e ainda dentro da questão da saúde, a questão de esgoto... e tantas outras coisas...

Não posso nunca dizer que as pessoas não devem receber esse dinheiro diante da necessidade... Mas NUNCA vou dizer que isso é avanço suficiente! NUNCA! Falta muitas outras coisas que já deu tempo de fazer. E a má utilização do dinheiro público no caso da Copa prova isso de forma clara! Dava para fazer...

Quem diz que eu devo reconhecer que o Bolsa Família é o avanço que deve ser reconhecido diante de todos os erros que estão em pauta (leis, decretos, desvios de dinheiro e tantas outras coisas) e que não foram resolvidos, quer que eu feche os olhos para as outras coisas que estão ruins mesmo?????? A criação de empregos caiu, os empresários que criaram esses empregos, agora deixam claro que não tem como fazer isso, antes alguns postos criados podem deixar de existir por conta de problemas na economia e na questão de segurança (e os índices de criminalidade continuam crescendo mesmo com a tão alegada "igualdade" e "distribuição de renda" - e não  adianta pegar casos onde "filhinho de papai" anda roubando por aí, porque mesmo com isso, os que deveriam ser alvo dos avanços que eu tenho que reconhecer em vez de falar das coisas erradas, também entram na criminalidade)...

Então: podemos ter problemas na economia... a inflação está comendo mais do que deveria do dinheiro... o "espetáculo do crescimento" não é tão espetacular assim... mal uso do dinheiro público... precisava diminuir gastos e cargos, mas não faz isso... juros altos... é muito imposto... pouco retorno para a população... desvios e corrupção... e eu tenho que reconhecer avanços... que nem mesmo se sustentam, apesar de importantes... mas que se avaliarmos seriamente a questão, por mais que sejam importantes, não são nem de longe suficientes e até agora não se avançou de fato no que precisa! Tem que reconhecer o que é importante, mas de longe insuficiente, e não pode nem falar que precisa de mais... As obras do PAC "1" ainda estão longe de terminar, mas já tem "2", "3"... mas nem terminou o primeiro! Mesma coisa com "mina casa, minha vida", que lança novos sem terminar de atender os que precisam desde o primeiro! E não pode falar do que está errado... Parece que para fazer as outras coisas que ainda faltam teria que acabar com esse "avanço"... é isso?

Eu posso sim reconhecer avanços em algumas coisas... Mas posso até mesmo questionar esses avanços por conta da ausência das outras coisas! É preciso sim auxiliar ao que tem renda baixa... Não pode se negociar com isso! Mas não pode se negociar com isso "para lado nenhum"! Nem para dizer que não pode mais ajudar, "pregando" o fim dessa ajuda, nem para "calar" diante das outras necessidades...

Então... alguns dos irmãos que defendem o atual Governo, entendem bem o conceito de Graça do ponto de vista da Bíblia e querem que se reconheça o que há de bom e se "perdoe" o que é errado, quem sabe até nem dizendo que é errado... Mas não vivem isso no dia a dia para com os irmãos da fé ou com relação a outras pessoas que ainda carecem da Graça...

Misturei os assuntos para deixar claro que as pessoas conhecem o conceito... mas aplicam apenas quando interessa, infelizmente, tal qual fariseus nos dias de Jesus... Oremos e mudemos...


Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quarta-feira, 19 de março de 2014

Pedras clamariam o que? E podemos impedir alguém de falar do Senhor, mesmo que não siga adequadamente?

Graça, Paz e Alegria!

Parece mais fácil ver uma "pedra clamando" que entender que "quem não é contra nós, é por nós"...

Somos capazes de notar claramente quando uma pessoa diz algo que se aproxima do Evangelho (e muitas vezes é apenas isso: se aproxima, não é ainda) e dizemos que se nos calamos, as pedras clamam...

Vamos ler o texto de Lucas 19.28-41:

28 Tendo Jesus assim falado, ia caminhando adiante deles, subindo para Jerusalém.
29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto do monte que se chama das Oliveiras, enviou dois dos discípulos,
30 dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que ninguém jamais montou; desprendei-o e trazei-o.
31 Se alguém vos perguntar: Por que o desprendeis? Respondereis assim: O Senhor precisa dele.
32 Partiram, pois, os que tinham sido enviados e acharam conforme lhes dissera.
33 Enquanto desprendiam o jumentinho, os seus donos lhes perguntaram: Por que desprendeis o jumentinho?
34 Responderam eles: O Senhor precisa dele.
35 Trouxeram-no, pois, a Jesus e, lançando os seus mantos sobre o jumentinho, fizeram que Jesus montasse.
36 E, enquanto ele ia passando, outros estendiam no caminho os seus mantos.
37 Quando já ia chegando à descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto,
38 dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu e glória nas alturas.
39 Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre, repreende os teus discípulos.
40 Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão.

Quer dizer que tem um contexto? Não é qualquer coisa? Bom... pelo contexto, podemos entender que quando nos calarmos de anunciar quem é Jesus, até mesmo pedras podem clamar. Quando nos calarmos no anúncio sobre a pessoa de Jesus, quem Ele é, o Messias esperado, aquele que vem em nome do Senhor, o cumprimento da profecia, neste caso, pedras clamarão e anunciarão em nosso lugar. Mas, muitas vezes, vemos esse contexto das "pedras clamarem" em qualquer coisa que se aproxime da mensagem do Evangelho... As pedras estarão clamando de fato quando nos calarmos e deixarmos de anunciar quem é Jesus e aí, as pedras dirão quem Ele é... é como vejo...

Mas... quando aparece um "pregador" que parece misturar muitas coisas na mensagem, já saímos "denunciando" como falso pregador. Como não temos a chance de "impedir" o pregador, queremos "desmascarar" o mais rapidamente possível...

Como fica o texto de  Marcos 9.38-41? Vamos ler:

38 Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios e nós lho proibimos, porque não nos seguia.
39 Jesus, porém, respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim;
40 pois quem não é contra nós, é por nós.
41 Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa.

Não devemos impedir aquele que, mesmo não seguindo, faça algo em nome de Jesus. O texto diz que um homem expulsava demônios, mas não seguia a Jesus e João contou que eles o proibiram de fazer isso (expulsar demônios). Jesus diz que não é para fazer assim! E não falou apenas em "expulsar demônios", mas falou em fazer milagres ou que viesse a dar água (suprir uma necessidade), quando fizesse no nome Dele, mesmo que "não seguisse".

Mas aí temos que entender os alertas nas Cartas Pastorais, deixando claro que alguns pregadores não faziam a obra do Senhor de fato e esses deviam ser observados com cuidado e nem mesmo dever-se-ia dar ouvidos a eles! São alguns textos e não iremos citar por aqui, mas acredito que muitos tenham esses textos na lembrança.

Bom, vamos entender: esses "pregadores" que vemos alertas nas Cartas Pastorais eram pessoas reconhecidas como parte dos "do Caminho", dos seguidores de Jesus e anunciadores da mensagem! Eram "parte integrante" da comunidade e queriam, claro, ter tal reconhecimento no meio da comunidade de fé. Hoje em dia temos muitas igrejas, denominações e lugares de reunião, não apenas um em cada cidade, como parece que era nos dias do Novo Testamento, até por conta da concentração maior de pessoas em determinados lugares, inviabilizando a ideia de ter apenas uma única comunidade por cidade, como alguns ainda pensam ser o certo.

Assim, muitas vezes, as diferentes comunidades ficam alertando sobre os erros dos pregadores de outras comunidades. Diferentemente do que ocorria nos dias das Cartas Pastorais, onde o alerta era dado por conta de alguém que se entendia como parte da comunidade mesmo onde o alerta era dado ou, quando muito, era um "pregador itinerante", indo de igreja em igreja, precisando ser recebido, acolhido e ter a chance de falar alguma coisa naquele lugar, na própria comunidade. O alerta não era para os pregadores de outras comunidades, mas para os da própria!

Dessa forma, entendo que não cabe a necessidade de "alertas" sobre os pregadores de outras comunidades. O que precisamos é pregar a mensagem de fato, como ela realmente é e mostrar com a diferença na mensagem a realidade do verdadeiro fruto, que não é necessariamente ter muitas pessoas por perto, mas ter uma vida transformada e dirigida pelo Senhor! Quando muito, esses pregadores de outras comunidades, não seguem de fato a Jesus e, mesmo assim, acabam realizando algumas das obras, como no caso do homem que expulsava demônios, mesmo sem seguir a Jesus. Claro que no discipulado, no acompanhamento dos da fé, é importante dar o devido alerta para o reconhecimento do anúncio da verdadeira mensagem. Isso vai fazer com que os fiéis, dirigidos pelo Espírito Santo e não por seu alerta, possam discernir a mensagem pregada em outras comunidades e buscar onde ela realmente tem coerência com o que a Bíblia revela...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Será que sabemos discipular?

Graça, Paz e Alegria!

As pessoas, convertidas ou não, dizem da sua experiência com base naquilo que elas conhecem. E o discipulado, para o convertido, parte dessa experiência e vai ajustando o que se faz necessário ajustar...

Aí, aparece alguém e diz que não se sente só ao compor músicas e os cristãos, em vez de discipular, ou pelo menos, com amor, dizer o que é isso dentro da sua experiência no cristianismo, já começam a dizer que não é para ouvir as músicas da pessoa...

Os cristãos também precisam ser discipulados nisso. Vivem querendo criar regrinhas e quanto mais complicado, mais parece santo. Essa é a experiência dos "usos e costumes" ou a ideia ainda da época da Lei, no judaísmo. Esses não conseguem fazer a conciliação entre os textos da Lei com a Graça e fazem como muitos dos dias de Paulo, que eram pessoas que queriam que as pessoas convertidas, mesmo os gentios e, portanto, "de fora" do judaísmo, seguissem uma série de regrinhas. Leia Atos dos Apóstolos 15 e tire suas conclusões... Na época, era as regrinhas que os judeus, mesmo reconhecendo Jesus como Messias, ainda seguiam (inclusive Paulo!!!)... Muitos acham que era só a questão da circuncisão, mas isso é uma leitura superficial do texto, rasa demais para o próprio texto... nem literalmente é possível entender isso (tendo como exemplo as atitudes de Paulo reveladas em outras passagens de Atos dos Apóstolos), mas alguns insistem em pensar isso... Hoje... algumas daquelas regras ainda aparecem... outras novas aparecem também... e assim se segue...

Ninguém me diz o que eu posso ou não fazer, a não ser o próprio Espírito Santo. Nem serei eu a dizer o que alguém pode ou não fazer ou ouvir... A não ser que o Espírito dê uma orientação coletiva, como Paulo mesmo fez em algumas de suas cartas... e mesmo assim, era para evitar conflitos sociais, normalmente...

TUDO ME É LÍCITO! Nem tudo me convém... E o que não me convém, não necessariamente não convém a outra pessoa! Pode variar de pessoa para pessoa, de época para época, de lugar para lugar!!! É isso mesmo: o que não me convém agora, não necessariamente não me convém em outro momento. Paulo fala disso claramente ao mostrar que a carne vinda do "mercado" podia servir de alimento aos gentios, mas não era conveniente que se comesse na frente dos judeus messiânicos (que entendiam que Jesus era o Messias). Logo, não era conveniente em um momento específico, mas em outro podia!!!!

Agora... voltando para o caso de alguém que aparece e diz que tem ajuda para compor... em vez de entregar pro inimigo de vez e "condenar"... vamos discipular e orientar a forma correta de ver essas coisas... Não seria melhor? Por que se peca? Por não conhecer as Escrituras... ou não? Em vez de "condenar", apresentemos as Escrituras! E enquanto não podemos discipular e orientar, que não joguemos fora, simplesmente... mesmo que não dê para orientar, não vamos incentivar que busque da forma errada ao "condenar" simplesmente... O Senhor entende e incentiva o romantismo! Ou não podemos ler também de forma romântica o livro de Cantares ou até Rute? Se podemos ler assim esses livros, por que não se poderia partir do Senhor o inspirar alguém na composição de poesias e músicas? Assim, a companhia para a composição continua existindo... mas da forma como podemos entender...

Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Como acaba o ciclo da incredulidade?

Graça, Paz e Alegria!

Primeiro, é importante lembrar que a Língua Portuguesa é muito rica e uma mesma palavra pode apresentar alguns significados, alguns parecidos, outros bem diferentes, e é preciso buscar esse significado que faz a frase ter o melhor sentido.

Pensando em "incredulidade", temos no dicionário:

"1. Qualidade, caráter ou condição de incrédulo;

2. Ausência de fé ou crença religiosa;

3. Característica, tendência ou pensamento de quem não se deixa convencer com facilidade, ou de quem (já) não acredita (tão) facilmente nas coisas que lhe dizem." - fonte: http://aulete.uol.com.br/incredulidade

Fico, neste texto, com a terceira definição - "Característica, tendência ou pensamento de quem não se deixa convencer com facilidade, ou de quem (já) não acredita (tão) facilmente nas coisas que lhe dizem."

Como pastor, fico muito preocupado com a questão religiosa e, claro, seria mais simples entender o que escrevo com essa conotação, pois tenho a Bíblia como regra de fé e prática, e terei, ao longo do texto, recomendações Bíblicas genéricas como exemplo. Mas, apesar de parecer preocupado apenas com a questão religiosa, o que escrevo se aplica para qualquer pessoa, religiosa ou não, e para qualquer assunto, religioso ou não. O exemplo "religioso" que trago pode se aplicar para outras tantas situações da vida!

Para acabar com a incredulidade, é muito importante apresentar argumentos. Mas se lermos os Evangelhos, veremos que Jesus apresentou pessoalmente muitos argumentos, para deixar claro a questão do Reino de Deus e Sua missão. Além de Jesus, os discípulos também apresentaram argumentos, desde o Evangelhos, passando por Atos dos Aopostolos e por muitas cartas, incluíndo Paulo. E ainda assim, muitos não acreditam. Logo, apresentar argumentos não resolve para todos a questão da incredulidade. Pode resolver para uma parte, mas não para todos.

Para acabar com a incredulidade, se apresenta "sinais", o testemunho do que se acredita e o testemunho de que há realmente motivos para se acreditar no que ainda não se acredita. Mas Jesus apresentou sinais e ainda deu o maior de todos: o "sinal de Jonas", com sua ressurreição, e ainda assim, muitos não acreditam. Seus seguidores, ao longos dos anos (com exemplos nas páginas da Bíblia e outros tantos ao longo da história), mostraram muitos sinais e o que a pessoas preferem ver é a ausência de testemunho e a falta de coerência de alguns. Muitos podem crer com sinais e testemunho, mas ainda assim não são todos.

Para acabar com a incredulidade, é muito importante apresentar provas. Mas no caso da apresentação da mensagem do Evangelho e seu alcance, as provas são encontradas na união de argumentos e testemunho (sinais). A confirmação dos argumentos na prática da vida daquele que acredita. E mesmo assim, alguns não acreditam. Muitos podem acreditar, mas ainda haverá quem não acredite.

Sempre parece que quem acredita em algo precisa mostrar algo para quem não acredita. Sempre parece que é quem acredita que irá dar razões para o outro acreditar. Mas o acreditar não está no que se pode apresentar...

Para acabar com o ciclo da incredulidade só tem um jeito: se render. É uma disposição pessoal que argumentos, sinais, testemunho, provas, podem ajudar, mas nunca resolver. Apenas com uma disposição pessoal será possível acabar com o ciclo da incredulidade. No caso da questão religiosa, ouvir o Espírito Santo. E no caso de qualquer assunto, vale a mesma disposição interna de se render ao tema.



Continuo com o hábito de guardar o que é bom...


Forte Abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

http://twitter.com/Pr_Ricardo_
http://twitter.com/BlogsComparti
http://www.compartilhandonaweb.com.br